Petroleiros questionam pagamento de R$ 20 bilhões a acionistas da Petrobras



Petroleiros protestam contra pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos da Petrobras

Brasília, 28 de fevereiro de 2023 – A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) e o Sindipetro-NF (Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense) manifestaram forte repúdio ao pagamento de R$ 20 bilhões em dividendos aos acionistas da Petrobras. A decisão, anunciada pela empresa, gerou indignação entre os trabalhadores do setor, que a consideram um ato de desrespeito em um contexto de alta dos combustíveis e de lucros bilionários da estatal.

De acordo com as entidades sindicais, o valor destinado aos acionistas representa uma parcela significativa dos lucros da Petrobras, que alcançaram R$ 186,7 bilhões em 2022. Os petroleiros argumentam que, em vez de distribuir dividendos, esses recursos deveriam ser reinvestidos na própria empresa, em melhorias de infraestrutura, segurança e valorização dos empregados, além de investimento em energias renováveis e na redução do preço dos combustíveis para a população brasileira.

A FNP destaca que a política de distribuição de dividendos da Petrobras prioriza os interesses dos acionistas em detrimento dos interesses nacionais e da população brasileira, que sofre com o impacto da alta dos preços dos combustíveis. O sindicato ainda critica a falta de transparência e de diálogo da empresa com os trabalhadores, que se sentem prejudicados pela decisão. “É um absurdo a Petrobras distribuir R$ 20 bilhões em dividendos enquanto o preço da gasolina e do diesel seguem elevados, impactando negativamente a vida de todos os brasileiros”, afirma o comunicado da FNP.

O Sindipetro-NF, por sua vez, reforça a necessidade de uma política de preços mais justa para os combustíveis e critica a falta de investimento em segurança e saúde dos trabalhadores. A entidade ressalta os riscos à saúde e à segurança enfrentados pelos petroleiros diariamente e a importância de investimentos em equipamentos e condições de trabalho adequadas.

Os sindicatos afirmam que continuarão mobilizando os trabalhadores e a sociedade civil para pressionar a Petrobras a rever sua política de dividendos e priorizar investimentos em benefício do país e dos seus trabalhadores. As entidades prometem intensificar as ações de protesto e reivindicar uma maior participação dos empregados nas decisões estratégicas da empresa. A luta pelos direitos dos trabalhadores e por uma política energética justa e soberana continua.

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