Petroleiros aprovam estado de greve após Petrobras impor mudanças no teletrabalho
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Brasília, 28 de junho de 2023 – A categoria dos petroleiros decidiu entrar em estado de greve após a Petrobras impor novas regras para o teletrabalho. A decisão, tomada em assembleia virtual, reflete a insatisfação com as mudanças unilaterais implementadas pela empresa, que afetam diretamente as condições de trabalho dos funcionários.
A Federação Nacional dos Petroleiros (FNP) divulgou a informação após a votação da assembleia, que contou com a participação de 90% dos trabalhadores. A aprovação do estado de greve se deu com expressivos 96% dos votos favoráveis. A mobilização demonstra a força da oposição dos petroleiros às novas diretrizes, que segundo a FNP, representam um retrocesso nos direitos conquistados e um desrespeito à negociação coletiva.
As mudanças impostas pela Petrobras impactam diretamente no regime de teletrabalho, sem maiores detalhes sobre as alterações específicas divulgadas pela federação em seu comunicado. A FNP argumenta que a Petrobras não negociou previamente as alterações com o sindicato, impondo-as de forma unilateral. Essa atitude, segundo a federação, configura uma violação do diálogo social e dos acordos anteriormente firmados.
A expectativa agora é que a FNP inicie as negociações com a Petrobras para reverter as novas regras do teletrabalho. Caso as conversas não avancem e um acordo não seja alcançado, a paralisação poderá se concretizar, impactando diretamente as atividades da empresa e, potencialmente, o abastecimento de combustíveis no país. A FNP afirma que manterá os trabalhadores informados sobre o andamento das negociações e os próximos passos da mobilização. A possibilidade de greve representa um aumento significativo na tensão entre a estatal e seus funcionários, culminando em uma situação delicada para o setor de petróleo e gás no Brasil.
A decisão dos petroleiros demonstra o crescente mal-estar com as políticas da empresa e reforça a importância da negociação coletiva no setor. Acompanharemos os próximos desdobramentos desta situação e manteremos nossos leitores atualizados sobre as negociações e a possibilidade de uma greve generalizada.