Pesquisadores brasileiros desenvolvem modelo de pele artificial 3D mais parecido com a de humanos



Cientistas brasileiros criam pele artificial 3D que imita a pele humana com maior realismo

São Paulo, 30 de novembro de 2024 – Pesquisadores brasileiros deram um importante passo na área da bioengenharia com o desenvolvimento de um modelo de pele artificial 3D que se assemelha com maior precisão à pele humana. A inovação, fruto de trabalho conjunto entre a Universidade de São Paulo (USP) e a Universidade Estadual Paulista (Unesp), promete revolucionar os testes de cosméticos e medicamentos, além de abrir novas possibilidades para o tratamento de queimaduras e outras lesões cutâneas.

O diferencial do novo modelo reside na sua complexidade estrutural. Diferente de outras peles artificiais existentes, esta nova versão reproduz com mais fidelidade a estrutura tridimensional da derme humana, incluindo a organização precisa das fibras de colágeno e elastina. Segundo os pesquisadores, essa maior semelhança com a pele real garante resultados mais confiáveis em testes, reduzindo a necessidade de experimentos em animais. A equipe afirma que o modelo apresenta 95% de similaridade com a pele humana.

A equipe, liderada pela professora doutora Maria Cristina Roque-Barreira, utilizou uma bioimpressora 3D para construir a pele artificial, camada por camada. O processo permite um controle preciso sobre a composição e a organização das células e proteínas, resultando em uma estrutura mais próxima da encontrada na pele natural. A tecnologia inovadora empregada garante uma maior precisão na reprodução dos componentes da pele humana. O processo de criação da pele artificial 3D envolve a utilização de células de fibroblastos e queratinócitos, componentes essenciais para a formação da derme e da epiderme, respectivamente.

A expectativa é que essa pele artificial 3D tenha um grande impacto em diversos setores. Na indústria cosmética, por exemplo, permitirá testes mais precisos e éticos de novos produtos, substituindo os testes em animais. No campo da medicina, abre caminho para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes para queimaduras e outras lesões cutâneas, oferecendo uma alternativa mais eficiente e personalizada. A equipe já está trabalhando na escalabilidade do processo de produção para atender a uma demanda maior no futuro.

Com a criação deste modelo de pele artificial 3D mais realista, os pesquisadores brasileiros se posicionam na vanguarda da bioengenharia, abrindo portas para avanços significativos em diversas áreas, desde a cosmética até a medicina regenerativa. A pesquisa demonstra a capacidade de inovação científica brasileira e sua contribuição para a busca por soluções mais eficazes e éticas para os desafios da saúde e da indústria.

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