Pesquisadores brasileiros avançam nos estudos sobre uso de exoesqueletos e IA na reabilitação física e neurológica



– Pesquisadores brasileiros estão impulsionando a inovação na área da reabilitação física e neurológica com o desenvolvimento de tecnologias de ponta. Um estudo recente demonstra avanços significativos no uso de exoesqueletos robóticos combinados com inteligência artificial (IA) para auxiliar na recuperação de pacientes com deficiências motoras.

A pesquisa, conduzida por especialistas do Laboratório de Neuroengenharia e Reabilitação da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), em parceria com a Universidade de São Paulo (USP), foca no desenvolvimento de interfaces cérebro-máquina que permitem maior precisão e personalização dos tratamentos. O projeto busca aprimorar a capacidade dos exoesqueletos em auxiliar pacientes com lesões medulares, acidente vascular cerebral (AVC) e outras condições que afetam a mobilidade.

Segundo os pesquisadores, a combinação de exoesqueletos e IA representa um salto qualitativo na reabilitação. A IA permite que o dispositivo se adapte em tempo real às necessidades específicas de cada paciente, otimizando os exercícios e tornando o processo mais eficaz. Os testes realizados até o momento mostram resultados promissores, com aumento de até 30% na força muscular e melhora na coordenação motora em pacientes que utilizaram a tecnologia.

“O uso da inteligência artificial permite a criação de um sistema de feedback em tempo real, o que torna o tratamento mais eficiente e personalizado”, explica a professora doutora Fernanda Toth, coordenadora do projeto na Unifesp. A equipe ressalta a importância do desenvolvimento de tecnologias nacionais nesse campo, destacando a potencial redução de custos e o aumento do acesso a tratamentos de alta tecnologia para pacientes brasileiros.

Além dos aspectos tecnológicos, o estudo também aborda as implicações clínicas e a necessidade de uma abordagem multidisciplinar que envolva fisioterapeutas, neurologistas e engenheiros. A equipe acredita que a combinação de reabilitação tradicional com a tecnologia de ponta pode revolucionar a forma como são tratados pacientes com deficiências motoras, ampliando as perspectivas de recuperação e qualidade de vida.

A pesquisa ainda está em fase de desenvolvimento, mas os resultados preliminares são extremamente positivos e indicam um futuro promissor para a reabilitação no Brasil. Os pesquisadores planejam ampliar os estudos, realizando testes em um número maior de pacientes e aprimorando ainda mais a tecnologia, com o objetivo de disponibilizar essa inovação à população em um futuro próximo. O sucesso deste projeto demonstra o potencial da pesquisa científica brasileira em contribuir para a melhoria da saúde e bem-estar da sociedade.

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