Pescadores têm atraso no pagamento de seguro-defeso e recorrem a ‘bicos’ no Rio Paraná



Curitiba, 29 de dezembro de 2024 – O período de defeso, fundamental para a preservação dos estoques pesqueiros, está se tornando um período de dificuldades financeiras para pescadores do Rio Paraná. O atraso no pagamento do seguro-defeso, benefício criado para garantir a subsistência dos profissionais durante a proibição da pesca, está forçando muitos a buscarem alternativas de renda precárias e arriscadas. A situação afeta centenas de famílias, gerando preocupações sobre a segurança alimentar e a manutenção da atividade pesqueira na região.

De acordo com relatos de pescadores, o pagamento, que deveria ter sido liberado em novembro, ainda não chegou às contas. A falta de recursos financeiros tem impactado diretamente a vida de muitas famílias. Sem o seguro-defeso, muitos estão recorrendo a “bicos” no próprio rio, realizando atividades de pesca não autorizadas durante o período de defeso, ou buscando empregos informais e mal remunerados para garantir o sustento. A prática, embora desesperada, coloca em risco a eficácia do período de defeso e a sustentabilidade da pesca no longo prazo.

A demora no repasse dos recursos preocupa as autoridades e entidades que trabalham com o setor pesqueiro. Ainda não há informações precisas sobre o motivo do atraso, mas a expectativa é de que o pagamento seja regularizado o mais breve possível. A situação destaca a fragilidade do setor e a necessidade de políticas públicas mais eficazes para garantir a proteção social dos pescadores, que são parte fundamental da cultura e economia regional.

A reportagem do G1 ouviu pescadores que relatam suas dificuldades em manter suas famílias durante este período. Os relatos demonstram a urgência da resolução do problema e a necessidade de um sistema de pagamentos mais previsível e eficiente para evitar que situações como esta se repitam. A falta de clareza sobre os motivos do atraso e a falta de comunicação por parte das autoridades responsáveis aumentam ainda mais a frustração e a insegurança dos trabalhadores.

Enquanto o pagamento do seguro-defeso não é regularizado, a situação dos pescadores paranaenses permanece preocupante. A busca por alternativas de sobrevivência, muitas vezes ilegais e perigosas, coloca em risco não apenas a segurança econômica das famílias, mas também a sustentabilidade da pesca no Rio Paraná. A expectativa é que as autoridades responsáveis tomem medidas rápidas para solucionar o problema e evitar consequências mais graves para o setor.

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