Pescadores denunciam pesca irregular no Açude de Boqueirão durante a piracema
Campina Grande, Paraíba – 23 de janeiro de 2025 – Pescadores da região do Açude de Boqueirão, em Campina Grande, denunciaram a prática de pesca irregular no reservatório durante o período da piracema, que começou em 1º de novembro de 2024 e se estende até 28 de fevereiro de 2025. A denúncia, feita ao G1, aponta para a captura ilegal de peixes em plena época de reprodução, colocando em risco a preservação da fauna aquática da região.
Segundo os pescadores, a pesca ilegal está ocorrendo em vários pontos do açude. Eles relatam o uso de métodos proibidos, como o uso de redes de arrasto e explosivos, causando danos significativos à biodiversidade e comprometendo a sustentabilidade da pesca na região. A prática, além de ilegal, afeta diretamente o sustento de diversas famílias que dependem da pesca para sobreviver. Um dos pescadores, que preferiu não se identificar por medo de represálias, afirmou que “a situação é crítica. Estamos vendo a pesca predatória acabar com nossos recursos naturais.”
A Agência Estadual de Água da Paraíba (Aesa) confirmou que a pesca no Açude de Boqueirão está proibida durante o período da piracema. A autarquia reforçou que fiscaliza a região, mas a extensão do açude e a dificuldade de acesso a algumas áreas dificultam o combate à pesca irregular. A Aesa não forneceu dados sobre o número de autuações realizadas até o momento.
Os pescadores denunciantes pedem uma ação mais efetiva por parte das autoridades para coibir a pesca ilegal no Açude de Boqueirão. Eles também reivindicam maior fiscalização e punição aos infratores, assegurando a preservação do ecossistema e a garantia do seu sustento. A falta de fiscalização eficiente, segundo os denunciantes, contribui para a ousadia dos pescadores ilegais.
A situação no Açude de Boqueirão ilustra a fragilidade da fiscalização ambiental na região e a necessidade de medidas mais contundentes para proteger os recursos naturais e garantir a subsistência das comunidades que dependem da pesca. A expectativa é que as autoridades competentes intensifiquem as ações de fiscalização e apliquem as penalidades previstas em lei para deter a pesca ilegal e proteger a biodiversidade do açude durante o período crítico da piracema.