Pela primeira vez moradores de favelas se sentem representados em documento do G20
Moradores de favelas ganham voz em documento do G20 pela primeira vez
– Pela primeira vez na história, moradores de favelas foram incluídos em um documento oficial do G20. O documento, intitulado “Declaração de Liderança do G20 sobre Cidades Sustentáveis”, foi apresentado durante a Cúpula do G20, realizada em Nova Delhi, na Índia. A inclusão das demandas e desafios enfrentados por essa parcela da população é um marco para a inclusão social e o reconhecimento da importância de suas contribuições para o desenvolvimento urbano sustentável.
A declaração destaca a necessidade de “abordar as disparidades e as necessidades específicas das comunidades marginalizadas, incluindo favelas”, reconhecendo a importância de “fortalecer as vozes e a participação dessas comunidades no planejamento urbano”.
O documento também reconhece que as favelas, apesar de muitas vezes marginalizadas e estigmatizadas, são “centros de resiliência e inovação” e que seus moradores “contribuem significativamente para a vida econômica e social das cidades”.
A inclusão das demandas de moradores de favelas no documento do G20 é resultado de um intenso trabalho de advocacy de diversas organizações da sociedade civil, que lutaram por anos para garantir a visibilidade e a participação desse grupo no debate sobre políticas públicas.
Segundo a pesquisa “Cidades Sustentáveis no Brasil: A Visão das Favelas”, realizada pela organização não governamental FavelaHub, 72% dos moradores de favelas acreditam que suas necessidades não são levadas em conta pelas políticas públicas. A pesquisa também revela que 85% dos moradores de favelas se sentem excluídos do processo de planejamento urbano.
A inclusão das demandas das favelas no documento do G20 representa um importante passo para a inclusão social e o reconhecimento da importância dessas comunidades no desenvolvimento urbano sustentável. A expectativa é que essa inclusão inspire ações concretas para promover a dignidade e o bem-estar dos moradores de favelas e garantir que suas necessidades sejam consideradas em políticas públicas.