Peixes morreram em igarapé e no Rio Acre devido à baixa concentração de oxigênio, aponta nota técnica
Rio Branco, 22 de novembro de 2024 – Uma nota técnica divulgada nesta quinta-feira aponta a baixa concentração de oxigênio dissolvido na água como a causa da mortandade de peixes registrada em igarapés e no Rio Acre. O documento, elaborado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente (Sema), analisa amostras coletadas em diversos pontos afetados, confirmando a hipótese inicial de que a falta de oxigênio foi o fator determinante para a mortandade.
A Sema realizou coletas de amostras de água em diferentes locais, incluindo os igarapés do bairro Vila Acre e o Rio Acre próximo à ponte do bairro. As análises revelaram uma concentração de oxigênio dissolvido abaixo do nível crítico para a sobrevivência da maioria das espécies de peixes. Em alguns pontos, a concentração chegou a ser inferior a 1 mg/L, enquanto o nível ideal para a maioria das espécies varia entre 4 e 6 mg/L. A nota técnica destaca que a baixa concentração de oxigênio é um indicativo de possível poluição, embora não especifique a fonte da contaminação.
A mortandade de peixes foi registrada inicialmente no dia 15 de novembro, causando preocupação entre moradores e autoridades ambientais. Imagens de peixes mortos flutuando na superfície dos rios circularam nas redes sociais, ilustrando o impacto do evento. Segundo a Sema, embora a mortandade tenha sido significativa, não houve comprometimento da qualidade da água para o abastecimento público. A secretaria continua monitorando a situação e realizando novas coletas de amostras para avaliar a recuperação dos ecossistemas aquáticos.
A nota técnica conclui enfatizando a necessidade de investigações mais aprofundadas para identificar a causa raiz da baixa oxigenação da água. A Sema afirma que continuará a trabalhar para prevenir eventos semelhantes no futuro, e que ações de fiscalização e monitoramento serão intensificadas na região. A secretaria não detalha, contudo, quais serão as medidas tomadas para combater a possível poluição e evitar novas mortandades. O foco da nota técnica se concentra na confirmação da causa da mortandade observada.