PEC sobre escala 6×1 começa a ganhar atenção de ministros; veja declarações



Lula enfrenta resistência interna à PEC da jornada de trabalho de 6 horas

– A proposta de emenda constitucional (PEC) que pretende reduzir a jornada de trabalho para seis horas diárias, defendida pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, enfrenta resistência dentro do próprio governo. Apesar do apoio declarado de alguns ministros, como o da Previdência, Carlos Lupi, e da Igualdade Racial, Anielle Franco, a medida ainda não conta com o aval de outras figuras importantes do governo.

A resistência se concentra principalmente no Ministério da Fazenda, liderado por Fernando Haddad. Segundo o ministro, a medida traria um impacto fiscal significativo, o que prejudicaria as contas públicas. Haddad argumenta que, em vez de reduzir a jornada de trabalho, o governo deve se concentrar em políticas que possibilitem a criação de mais empregos, o que aumentaria a arrecadação e permitiria a implementação de outras medidas sociais.

Além de Haddad, outros ministros também se mostram reticentes em relação à proposta. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou que a medida precisa ser analisada com cautela, ponderando seus impactos em diversos setores da economia.

O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se posiciona como um dos principais defensores da PEC. Ele argumenta que a redução da jornada de trabalho traria diversos benefícios, como a melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores e a geração de novos empregos. Marinho, no entanto, reconhece que a proposta ainda precisa ser discutida com mais profundidade e que o governo precisa encontrar alternativas para minimizar o impacto fiscal.

De acordo com o texto da PEC, a jornada de trabalho de seis horas seria aplicada a todos os trabalhadores, com exceção de algumas categorias, como médicos, enfermeiros e professores. A proposta também prevê a possibilidade de acordos individuais para jornadas de trabalho maiores, desde que respeitado o limite de oito horas diárias.

A PEC ainda precisa ser analisada por uma comissão especial na Câmara dos Deputados e, posteriormente, ser votada em plenário. Caso aprovada, a proposta segue para o Senado Federal, onde passará por um processo semelhante. O futuro da PEC ainda é incerto, mas a resistência interna dentro do governo demonstra que a medida enfrenta um caminho tortuoso para se tornar realidade.

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