Passagens aéreas não devem subir após fusão entre Azul e Gol, afirma ministro
Brasília, 22 de agosto de 2023 – O ministro da Infraestrutura, Márcio França, garantiu nesta terça-feira (22) que a fusão entre as companhias aéreas Azul e Gol não deve resultar em aumento no preço das passagens aéreas para o consumidor. A declaração, feita em entrevista coletiva, busca acalmar os temores sobre a concentração do mercado aéreo brasileiro após o anúncio da integração das duas maiores empresas do setor.
França baseou sua afirmação na expectativa de que a fusão gere ganhos de escala para as empresas, o que, segundo ele, poderia levar à redução de custos operacionais. Esses ganhos, por sua vez, poderiam ser repassados aos consumidores na forma de preços mais competitivos. O ministro reforçou a importância da atuação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) na avaliação do processo de fusão, destacando a necessidade de uma análise minuciosa para garantir que a operação não prejudique a concorrência no mercado. Ele mencionou que o Cade tem a responsabilidade de analisar os impactos da fusão na concorrência e impor eventuais condições para que a operação seja aprovada.
A fusão entre Azul e Gol, anunciada em julho deste ano, ainda precisa passar pela aprovação do Cade. A operação prevê a integração das duas empresas, formando um grande grupo aéreo que controlaria cerca de 70% do mercado doméstico de passageiros. Embora França afirme que não haverá aumento de preços, analistas do mercado demonstram opiniões divergentes, com alguns prevendo que a concentração de mercado poderia levar a um poder de monopólio, elevando, consequentemente, o valor das passagens.
A declaração do ministro, portanto, apresenta um cenário otimista, mas não isento de incertezas. A aprovação final do Cade e o comportamento do mercado após a fusão serão fatores cruciais para confirmar ou refutar a previsão de França. A população brasileira, principal consumidora do serviço aéreo doméstico, acompanha atentamente o desenrolar da situação, na expectativa de que os benefícios da fusão, caso aprovada, sejam realmente repassados para os passageiros. O tempo dirá se a aposta do ministro em uma eventual redução de preços se concretizará.