Para aprovar pacote de cortes neste ano, Fazenda quer liberar emendas e mudar proposta para o BPC, diz secretário
Governo busca aprovação de pacote de cortes com mudanças em emendas e no BPC
– Para garantir a aprovação do pacote de cortes orçamentários ainda este ano, a área econômica do governo federal pretende liberar emendas parlamentares e alterar a proposta de mudanças no Benefício de Prestação Continuada (BPC). A informação foi confirmada pelo secretário do Tesouro Nacional, que não teve seu nome citado na matéria original, em entrevista nesta terça-feira.
A estratégia, segundo a fonte, visa angariar apoio no Congresso Nacional para a aprovação das medidas de contenção de gastos. O governo busca um corte de R$ 146 bilhões em despesas, uma cifra considerada crucial para alcançar as metas fiscais estabelecidas. A liberação de emendas, instrumento comumente utilizado para agradar parlamentares e garantir apoio a projetos do Executivo, é vista como uma forma de facilitar a tramitação do pacote.
No entanto, a medida mais polêmica envolve o BPC. A proposta original de mudanças no benefício, que visa a economia de recursos públicos, está sendo reformulada para atender a preocupações levantadas por parlamentares e setores da sociedade civil. Embora detalhes sobre as alterações propostas não tenham sido revelados pelo secretário, a reportagem original indica que o objetivo é tornar a proposta mais palatável e aumentar as chances de aprovação.
A falta de especificidades sobre as mudanças no BPC e o valor exato das emendas a serem liberadas geram incertezas sobre o impacto final das medidas no orçamento. A oposição já manifestou preocupação com a estratégia do governo, alegando que a liberação de emendas pode representar um aumento de gastos, contrapondo-se ao objetivo declarado de corte de despesas.
A aprovação do pacote de cortes é fundamental para o cumprimento das metas fiscais do governo e para a manutenção da credibilidade do país perante os mercados internacionais. A articulação política nos próximos dias será crucial para definir o sucesso da estratégia do governo e o futuro das medidas de ajuste fiscal. A expectativa é de que o Congresso Nacional vote o pacote ainda antes do fim do ano. A situação permanece tensa, e a próxima etapa dependerá do diálogo entre os poderes e da capacidade do governo de construir consensos em torno de um tema tão sensível.