Papa Francisco em banquete com o diabo: grafite feito em campus da Ufba causa polêmica na internet
Grafite em universidade na Bahia gera debate sobre liberdade de expressão e vandalismo
Salvador, 12 de dezembro de 2024 – Um ato de vandalismo na Universidade Federal da Bahia (UFBA) gerou um intenso debate sobre os limites da liberdade de expressão e a preservação do patrimônio público. Na última semana, paredes internas e externas do Instituto de Letras e da Faculdade de Direito da universidade foram pichadas com grafites, causando indignação entre estudantes, professores e funcionários.
Segundo informações da assessoria de comunicação da UFBA, os grafites, que cobriram parte significativa das paredes dos prédios históricos, continham mensagens políticas e ideológicas, além de desenhos abstratos. A universidade ainda não divulgou o custo total dos prejuízos causados pelos danos, mas confirmou que equipes de limpeza e manutenção já iniciaram os trabalhos de remoção das pichações. A instituição destacou a importância da preservação do patrimônio histórico da UFBA e lamentou os atos de vandalismo, ressaltando seu compromisso com o diálogo e o respeito às diferentes opiniões.
A reitoria da UFBA informou que abriu um inquérito interno para investigar a autoria dos grafites e que as imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas para auxiliar nas investigações. Ainda não há suspeitos ou prisões relacionadas ao caso. A universidade também reforçou seu compromisso com a liberdade de expressão, mas enfatizou que esta liberdade não pode se sobrepor ao respeito ao patrimônio público e à legislação vigente.
O caso reacendeu o debate sobre a distinção entre grafite como arte e pichação como ato de vandalismo. Enquanto alguns defendem a legitimidade da expressão artística por meio do grafite, mesmo em espaços públicos, outros argumentam que a pichação sem autorização constitui um crime e um ato de desrespeito à comunidade universitária. A falta de um consenso sobre a questão torna o episódio ainda mais complexo.
A UFBA prometeu transparência durante o processo investigativo e se comprometeu a tomar as medidas cabíveis, conforme o resultado da apuração dos fatos. A expectativa é que o inquérito interno apresente conclusões em breve, elucidando a autoria do ato de vandalismo e definindo as responsabilidades. O incidente, no entanto, já serviu para colocar em evidência a complexa relação entre liberdade de expressão, arte urbana e a preservação do patrimônio público no contexto universitário.