Países ricos se comprometem na COP29 a parar de abrir centrais a carvão
Dubai, 07 de dezembro de 2023 – Um grupo de países ricos prometeu, durante a COP29 em Dubai, encerrar a abertura de novas usinas a carvão. O anúncio, divulgado na quarta-feira, representa um passo significativo na luta contra as mudanças climáticas, mas especialistas alertam para a falta de clareza em relação às metas e ao cumprimento das promessas. A iniciativa, ainda sem detalhes concretos sobre prazos e mecanismos de implementação, deixa dúvidas sobre sua efetividade na redução das emissões globais de gases de efeito estufa.
O compromisso foi assumido por uma coalizão de nações desenvolvidas, embora o número exato de participantes não tenha sido especificado na declaração oficial. A ausência de um detalhamento completo sobre os países signatários e a falta de um cronograma preciso para a eliminação gradual das usinas a carvão geram preocupação. O texto menciona a necessidade de “acelerar a transição para uma energia limpa”, mas carece de metas quantitativas e de um plano de ação concreto.
Apesar do entusiasmo inicial em torno do anúncio, críticos apontam a necessidade de maior transparência e responsabilização. A declaração não especifica como os países pretendem financiar a transição energética em países em desenvolvimento, um ponto crucial para garantir a adesão global ao acordo. A ausência de mecanismos robustos de monitoramento e avaliação também preocupa, uma vez que a eficácia da iniciativa dependerá da sua implementação efetiva.
Além da falta de detalhes, o compromisso se concentra apenas na abertura de novas usinas a carvão, ignorando a necessidade de um plano para a desativação das já existentes. Especialistas em clima argumentam que a eliminação gradual de toda a capacidade de geração de energia a carvão é essencial para atingir as metas do Acordo de Paris e limitar o aumento da temperatura global.
Em suma, enquanto o compromisso dos países ricos de parar de abrir novas usinas a carvão na COP29 representa um avanço simbólico, a falta de clareza nas metas e a ausência de um plano de ação robusto levantam dúvidas sobre sua real efetividade na mitigação das mudanças climáticas. A comunidade internacional aguarda por mais detalhes e ações concretas para garantir que essa promessa se traduza em reduções significativas das emissões de gases de efeito estufa.