Padilha: Internação de Lula não impede a aprovação do corte de gastos



Brasília, 31 de agosto de 2023 – A internação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva não interrompeu o andamento do processo de aprovação do corte de gastos públicos no Congresso Nacional. Apesar da preocupação gerada pela saúde do mandatário, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou que o governo segue firme na sua estratégia de redução de despesas, buscando aprovar a medida provisória (MP) que estabelece o novo arcabouço fiscal.

Segundo informações divulgadas pelo ministro, a MP prevê um corte de R$ 147 bilhões em despesas em 2024. Haddad reforçou a importância da aprovação da medida para garantir a responsabilidade fiscal e o cumprimento das metas de déficit primário estabelecidas pelo governo. A expectativa é de que a economia seja de R$ 108,5 bilhões neste ano, sendo que a meta prevista é de um déficit de R$ 112 bilhões. Ainda que haja um déficit, o ministro demonstrou confiança na capacidade do governo de manter a estabilidade econômica, mesmo com os desafios impostos pela situação de saúde do presidente.

O ministro da Casa Civil, Rui Costa, também se manifestou sobre o assunto, reforçando a continuidade do trabalho governamental apesar da internação de Lula. Costa reiterou a importância da aprovação da MP para a credibilidade do governo e para a atração de investimentos estrangeiros. Ele garantiu que o governo está trabalhando para garantir a estabilidade política e econômica do país, independentemente das circunstâncias. A equipe econômica segue em contato permanente com o Congresso para garantir a aprovação do texto.

A internação de Lula, embora preocupante, não parece ter afetado significativamente o ritmo das negociações políticas em torno da MP. A prioridade do governo, segundo os ministros, é a aprovação do novo arcabouço fiscal, considerado fundamental para a consolidação da política econômica do governo petista. Os detalhes sobre o novo teto de gastos e os cortes específicos ainda estão sendo discutidos, mas a intenção do governo de prosseguir com o ajuste fiscal permanece inabalável.

A conclusão da votação da medida provisória, portanto, permanece crucial para o governo, independentemente do estado de saúde do presidente. O sucesso na aprovação será um indicador importante da capacidade do governo em manter a estabilidade política e econômica, mesmo frente a eventos inesperados. A expectativa é que as discussões e votações continuem com a mesma intensidade, buscando um consenso que garanta a aprovação da MP em tempo hábil.

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