Pacientes transplantados sofrem com falta de remédio na Unicat
Pacientes transplantados enfrentam falta de medicamentos na UNICAMP e temem pelo futuro dos tratamentos
– O drama da falta de medicamentos para pacientes transplantados na UNICAMP (Universidade Estadual do Rio Grande do Norte) voltou à tona nesta terça-feira (06). De acordo com relatos de pacientes e familiares, a falta de medicamentos essenciais para o tratamento de transplantados vem se intensificando nos últimos meses, colocando em risco a saúde e a vida de quem depende do serviço público para manter a imunidade e evitar rejeição dos órgãos transplantados.
A situação se agravou nas últimas semanas, com a falta de medicamentos como Ciclosporina, Tacrolimus e Micofenolato de Mofetil, utilizados para evitar a rejeição dos órgãos transplantados. A falta de medicamentos afeta diretamente 70% dos pacientes transplantados que são acompanhados pela UNICAMP, segundo a Associação dos Transplantados do Rio Grande do Norte (ATR-RN).
“A situação é muito difícil, estamos vivendo um verdadeiro caos. É um desespero total. O medo da rejeição é constante e não sabemos o que fazer. Os médicos estão tentando nos dar outras opções, mas não é a mesma coisa”, desabafou Maria da Conceição, paciente renal transplantada, em entrevista à reportagem.
Segundo o presidente da ATR-RN, José Silva, a falta de medicamentos não é um problema novo, mas se intensificou nos últimos meses. “A situação é crítica e coloca em risco a saúde dos pacientes transplantados. O acesso à medicação é essencial para a sobrevivência desses pacientes. É preciso uma solução urgente para evitar que a falta de medicamentos cause danos irreparáveis à saúde dos pacientes”, afirmou.
A UNICAMP se pronunciou por meio de nota, reconhecendo a dificuldade na aquisição de medicamentos e afirmando que está trabalhando para regularizar o abastecimento. A universidade também informou que “está em contato com os fornecedores para agilizar as entregas e garantir o fornecimento contínuo dos medicamentos”.
Apesar da nota, a falta de medicamentos continua gerando apreensão nos pacientes e familiares. “Estamos com medo de perder o que tanto lutamos para conquistar. A falta de medicamentos é uma ameaça constante à nossa vida”, disse João Paulo, que recebeu um transplante de fígado em 2023.
A situação exige uma solução urgente por parte das autoridades, para garantir o acesso à medicação e evitar que o drama da falta de medicamentos se agrave ainda mais, colocando em risco a vida de pacientes transplantados no estado do Rio Grande do Norte.