Paciente com câncer avançado diz ter cirurgia negada mesmo após decisão judicial: ‘Meu direito de ficar viva’



Justiça determina cirurgia, mas paciente com câncer avançado ainda espera em Fortaleza

Fortaleza, 11 de dezembro de 2024 – A batalha de Maria José da Silva, de 58 anos, contra um câncer avançado no intestino, ganhou um novo e frustrante capítulo. Apesar de uma decisão judicial favorável que garantiu o direito à cirurgia, a paciente segue aguardando o procedimento, relatando ter tido o pedido negado pelo hospital. A situação demonstra a complexa realidade enfrentada por muitos pacientes que dependem do sistema público de saúde para tratamento de doenças graves.

A sentença judicial, obtida após ação movida pela Defensoria Pública do Ceará, determinou que o Hospital Regional de Sobral realizasse a cirurgia com urgência. A decisão judicial, segundo a reportagem do G1, é resultado da luta da paciente e de seus familiares contra a negativa inicial do hospital em realizar o procedimento. O laudo médico apresentado à Justiça atesta a necessidade da intervenção cirúrgica para o tratamento do câncer em estágio avançado de Maria José. A gravidade da situação é evidenciada pelo fato de a doença já ter atingido 70% do intestino da paciente.

A Defensoria Pública do Ceará acompanha o caso de perto e afirma ter buscado contato com o hospital para garantir o cumprimento da decisão judicial. No entanto, mesmo com a ordem judicial em mãos, Maria José relata ter sofrido nova negativa por parte da instituição. A justificativa apresentada pelo hospital para a recusa não foi divulgada na reportagem. A reportagem também não traz informações sobre quais medidas a Defensoria Pública pretende tomar para garantir o direito da paciente à cirurgia.

A situação de Maria José destaca a fragilidade do acesso a tratamentos oncológicos no sistema público de saúde. A espera por cirurgias e outros procedimentos essenciais pode ser fatal, principalmente em casos de câncer em estágio avançado. A demora no atendimento, aliada à burocracia e às dificuldades enfrentadas para garantir o cumprimento de decisões judiciais, acarreta sofrimento para os pacientes e seus familiares.

A luta de Maria José por uma cirurgia que pode salvar sua vida permanece em curso, representando um alerta para a necessidade de aprimoramento do sistema de saúde pública e de uma maior agilidade no atendimento de casos urgentes, sobretudo quando respaldados por decisões judiciais. A ausência de informações adicionais sobre as ações subsequentes da Defensoria Pública e o posicionamento oficial do Hospital Regional de Sobral deixam uma lacuna importante na narrativa, reforçando a urgência de uma resolução para o caso.

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