Oposição sul-coreana acusa partido governante de ‘segundo golpe’ de Estado
Oposição Sul-Coreana Acusa Partido Governante de “Segundo Golpe de Estado”
– A oposição sul-coreana acusou o partido governante, o Poder do Povo, de orquestrar um “segundo golpe de estado” após a prisão preventiva de Lee Jae-myung, líder do maior partido de oposição, o Partido Democrático. A prisão, decretada na última sexta-feira (21), é vista pelos opositores como uma manobra política para enfraquecer a oposição e consolidar o poder do partido no governo.
A ação judicial contra Lee Jae-myung, que enfrenta acusações de corrupção e violação de leis eleitorais, gerou protestos massivos em todo o país. A oposição argumenta que as acusações são politicamente motivadas e que o processo judicial é tendencioso, visando silenciar vozes críticas ao governo. A prisão preventiva, decidida pelo Tribunal Distrital Central de Seul, foi justificada com base em preocupações de que Lee pudesse destruir evidências ou influenciar testemunhas.
A narrativa do “segundo golpe de Estado” é reforçada pela oposição com a alegação de que o presidente Yoon Suk-yeol estaria utilizando o sistema judiciário para perseguir seus oponentes políticos. O Partido Democrático, que detém 169 das 299 cadeiras na Assembleia Nacional, afirma que a prisão de seu líder é uma clara tentativa de sufocar a democracia e minar o processo eleitoral.
O partido governante, por sua vez, nega veementemente as acusações, afirmando que o processo contra Lee Jae-myung é baseado em provas sólidas e que a justiça está sendo aplicada imparcialmente. O Poder do Povo sustenta que a prisão preventiva é uma medida necessária para garantir a integridade da investigação.
Apesar das negativas do partido governante, a tensão política na Coreia do Sul permanece alta. A oposição promete intensificar os protestos e mobilizar a sociedade civil para resistir ao que considera um ataque à democracia. As próximas semanas serão cruciais para avaliar o impacto da prisão de Lee Jae-myung no cenário político sul-coreano e se as acusações de um “segundo golpe de estado” terão algum peso na opinião pública. A repercussão deste evento certamente irá moldar o futuro da política sul-coreana, especialmente com a proximidade de eleições futuras.
A situação levanta preocupações sobre a independência do poder judiciário e o estado da democracia na Coreia do Sul, e promete manter o país em um clima de grande instabilidade política.