Operador de máquinas preso por engano é solto quatro meses depois em Juazeiro do Norte, no Ceará
Operador de máquinas é preso por engano e libertado após quatro meses em Juazeiro do Norte, Ceará
Juazeiro do Norte, CE – Um operador de máquinas, identificado como Francisco das Chagas Silva, passou quatro meses injustamente preso em Juazeiro do Norte, no Ceará, após ser confundido com um foragido da Justiça. A libertação ocorreu na última sexta-feira, 13 de dezembro de 2024, após a comprovação de sua inocência.
De acordo com informações da Polícia Civil do Ceará, o equívoco ocorreu durante uma abordagem policial. Francisco das Chagas foi detido por policiais civis que o identificaram erroneamente como sendo um indivíduo com mandado de prisão em aberto. A semelhança física com o foragido, cujo nome não foi divulgado pela polícia, foi o motivo do engano.
O operador de máquinas foi levado para a Cadeia Pública de Juazeiro do Norte e, apesar de sua insistente negação de identidade, permaneceu detido durante quatro meses. Durante este período, sua família lutou pela sua libertação, apresentando provas documentais que demonstravam a sua identidade verdadeira e a inexistência de qualquer pendência com a Justiça. A família alegou ter recorrido a advogados e apresentado documentos como RG, CPF, carteira de trabalho e comprovante de endereço, mas sem sucesso imediato.
A libertação só se concretizou após a Polícia Civil reabrir o caso e realizar novas investigações, que confirmaram a identidade de Francisco das Chagas Silva e comprovaram o erro na identificação anterior. Com a comprovação de sua inocência, o operador de máquinas foi imediatamente libertado.
A Polícia Civil emitiu nota reconhecendo o erro cometido e se desculpando pelo ocorrido. A instituição informou que investiga internamente as falhas no procedimento que levaram à prisão equivocada de Francisco das Chagas e que medidas serão tomadas para evitar que situações semelhantes se repitam. Não foram divulgadas informações sobre possíveis indenizações ou outras medidas compensatórias para Francisco das Chagas.
O caso gerou indignação e preocupação entre familiares e amigos do operador de máquinas, que agora espera reconstruir sua vida após quatro meses de injusta privação de liberdade. A experiência traumática, segundo relatos da família, deixou Francisco abalado emocionalmente. Apesar do alívio da libertação, o longo período de prisão injustificada deixa marcas profundas e levanta questionamentos sobre a eficiência e os mecanismos de segurança utilizados nos processos de identificação e prisão.