Operação contra policiais suspeitos de envolvimento com o PCC: quem são os presos, do que são acusados e o que foi apreendido



São Paulo, 18 de dezembro de 2024 – Uma megaoperação desencadeada na manhã desta quarta-feira (18) pela Polícia Civil de São Paulo resultou na prisão de 15 policiais militares suspeitos de envolvimento com o Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação, que contou com 250 policiais civis e 50 viaturas, cumpriu 30 mandados de busca e apreensão e 15 mandados de prisão temporária nas regiões metropolitanas de São Paulo e Campinas. A investigação, que durou cerca de um ano, revelou um esquema criminoso que ia desde o vazamento de informações privilegiadas até o fornecimento de armas e munições para a facção criminosa.

Os policiais presos são acusados de crimes graves, incluindo organização criminosa, corrupção passiva, prevaricação, facilitação de fuga de preso e tráfico de drogas. Entre os materiais apreendidos estão armas de fogo, drogas, munições e aparelhos celulares. A operação foi coordenada pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), que destacou a gravidade dos crimes e a abrangência da organização criminosa desmantelada. As investigações apontaram que os policiais militares facilitavam a atuação do PCC, fornecendo informações privilegiadas sobre operações policiais e até mesmo ajudando na fuga de presos. O esquema também envolvia o fornecimento de armas e munições para os criminosos, reforçando o poder de fogo da facção.

A investigação se iniciou a partir de denúncias anônimas e cruzamento de dados. O Deic monitorou os envolvidos por meses, coletando provas e evidências que comprovaram a participação dos policiais militares nas atividades criminosas. A operação contou com a colaboração do Ministério Público do Estado de São Paulo. Ainda não foram divulgados os nomes dos policiais militares presos, mas a Secretaria de Segurança Pública (SSP) promete divulgar mais informações em breve. Os 15 policiais militares presos foram encaminhados para a Cadeia Pública de Pinheiros, onde permanecem à disposição da Justiça.

A operação desta quarta-feira demonstra o comprometimento das autoridades em combater a corrupção dentro das instituições de segurança pública e desarticular grupos criminosos que se utilizam de agentes do Estado para fortalecer suas ações. A investigação continua para apurar a extensão da rede criminosa e identificar outros possíveis envolvidos. A expectativa é de que novas prisões e apreensões possam ocorrer nos próximos dias. A Secretaria de Segurança Pública promete detalhar em coletiva de imprensa as ações, os envolvidos e o resultado das investigações.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *