Ofensiva relâmpago dos jihadistas no norte de Siria deixa mais de 250 mortos
Dezenas de civis e combatentes foram mortos em uma ofensiva relâmpago lançada por jihadistas no norte da Síria, no último dia 2 de setembro de 2023. A violência, concentrada na região de Deir ez-Zor, deixou um rastro de destruição e luto, com um saldo trágico superior a 250 mortos, segundo o Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH). O ataque brutal, que surpreendeu as forças locais, evidencia a persistência da ameaça jihadista na região, mesmo após anos de conflitos e operações militares.
O OSDH, organização sediada no Reino Unido, mas com uma extensa rede de informantes na Síria, relatou que a ofensiva foi liderada pelo grupo Estado Islâmico (EI), aproveitando-se de um aparente descuido das forças de segurança sírias. A rapidez e a intensidade do ataque permitiram que os jihadistas conquistassem território e infligissem pesadas baixas em pouco tempo. O OSDH especificou que entre as vítimas estão pelo menos 178 combatentes das Forças Democráticas Sírias (FDS), aliança curda-árabe apoiada pelos EUA, e pelo menos 72 civis. A organização ainda destacou que o número de mortos pode ser ainda maior, uma vez que os combates continuam e ainda há dificuldades para acessar as áreas afetadas.
A ofensiva jihadista concentra-se nas áreas do deserto sírio, perto do Iraque. A região, caracterizada por sua geografia acidentada e sua relativa ausência de presença militar significativa, tornou-se um refúgio para grupos extremistas, que utilizam a paisagem como vantagem tática. A proximidade com o Iraque, outra região afetada por conflitos e presença de grupos jihadistas, também contribui para a instabilidade na região de Deir ez-Zor e facilita a mobilidade dos grupos extremistas.
A falta de detalhes precisos sobre as forças envolvidas e a estratégia utilizada pelos jihadistas torna ainda mais complexa a análise da situação. A comunidade internacional acompanha com preocupação a escalada da violência na região, temendo um ressurgimento do EI e um agravamento da crise humanitária no país já devastado pela guerra civil. A ofensiva destaca a fragilidade da segurança na região e a necessidade de uma resposta coordenada para combater o terrorismo e proteger a população civil. A contagem de mortos, ainda preliminar, ressalta a gravidade do ataque e a urgente necessidade de uma ação efetiva para conter o avanço dos jihadistas e assegurar a estabilidade na Síria.