O tribuno dos oprimidos



São Paulo, 18 de julho de 2023 – Trinta anos após sua morte, ocorrida em 18 de julho de 1993, a figura de Herbert de Souza, o Betinho, continua a inspirar e provocar reflexões sobre a desigualdade social e a luta pela cidadania no Brasil. Mais do que um sociólogo, Betinho se tornou um símbolo da resistência e da mobilização popular, principalmente através da campanha “Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e pela Vida”, movimento que marcou profundamente a história recente do país.

Criada em 1993, a Ação da Cidadania, idealizada por Betinho, surgiu em um contexto de profunda crise social no Brasil. Naquela época, cerca de 32 milhões de brasileiros viviam abaixo da linha da pobreza, e a fome era uma realidade para milhões de pessoas. A campanha, liderada por Betinho, conseguiu mobilizar a sociedade em torno de um objetivo comum: combater a fome e a miséria. A iniciativa se tornou um exemplo emblemático de como a sociedade civil organizada pode fazer a diferença na luta por justiça social.

A Ação da Cidadania não se limitou à arrecadação de alimentos. Betinho acreditava que a erradicação da fome exigia uma abordagem multifacetada, que incluía a promoção da cidadania e o desenvolvimento de políticas públicas eficazes. A campanha promoveu debates sobre a importância do acesso à saúde, à educação e ao trabalho, temas fundamentais para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária. O movimento, inclusive, ajudou a pressionar o governo a adotar medidas para mitigar a crise alimentar e a promover o desenvolvimento social.

O trabalho incansável de Betinho e a força da Ação da Cidadania, contudo, não se esgotaram com sua morte. A campanha continua ativa, adaptando-se aos desafios contemporâneos e buscando soluções inovadoras para combater a fome e a desigualdade, mantendo viva a chama do ativismo social que Betinho acendeu. A persistência da luta contra a pobreza, 30 anos após a morte de Betinho, demonstra a urgência e a complexidade do problema, mas também a vitalidade do legado que ele deixou para o Brasil.

A memória de Betinho, portanto, serve como um lembrete constante da responsabilidade social e da importância da luta por um país mais justo e inclusivo. Seu trabalho continua a inspirar aqueles que se dedicam à construção de uma sociedade onde a dignidade humana seja respeitada e onde a fome e a miséria sejam apenas lembranças do passado. O legado de Betinho permanece como um farol, guiando esforços na busca por uma sociedade mais justa e igualitária para todos os brasileiros.

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