O que vai acontecer com o DNA de milhões de pessoas armazenado pela 23andMe



O que vai acontecer com o DNA de milhões de pessoas armazenado pela 23andMe?

A 23andMe, gigante do mercado de testes genéticos, anunciou nesta quinta-feira (7 de novembro de 2024) que irá vender sua base de dados de DNA para a empresa farmacêutica Roche. A decisão gerou debates acalorados sobre o futuro dos dados genéticos de milhões de pessoas. A venda, que deve ser concluída em 2025, levanta questões cruciais sobre a privacidade, o uso comercial e o acesso a informações genéticas sensíveis.

A 23andMe, fundada em 2006, coleciona dados genéticos de seus clientes desde então. A empresa afirma ter dados de mais de 12 milhões de pessoas, o que a torna uma das maiores bases de dados genéticos do mundo. Essa base de dados é valiosa para pesquisas médicas, descoberta de medicamentos e até mesmo para fins de marketing. No entanto, a venda dos dados para a Roche, uma empresa farmacêutica, levanta preocupações sobre o uso futuro desses dados.

A Roche, por sua vez, já declarou que utilizará a base de dados da 23andMe para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos personalizados. A empresa também afirmou que os dados serão utilizados para pesquisas científicas e que a privacidade dos clientes da 23andMe será respeitada.

Apesar das garantias da Roche, a venda dos dados da 23andMe levanta uma série de questões éticas e legais. Especialistas em bioética argumentam que o uso comercial de dados genéticos é um terreno movediço, com potenciais riscos de discriminação, estigmatização e acesso desigual a cuidados de saúde.

A 23andMe informou que os clientes que não concordarem com a venda de seus dados poderão solicitar que suas informações sejam excluídas da base de dados. A empresa também anunciou que irá implementar medidas de segurança para proteger os dados genéticos dos usuários.

No entanto, a venda da base de dados da 23andMe coloca em evidência a crescente discussão sobre a propriedade e o controle dos dados genéticos. Com o avanço da tecnologia e a crescente coleta de dados, a questão de como proteger a privacidade e garantir o uso responsável de informações genéticas se torna cada vez mais urgente.

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