O que pesa contra Bolsonaro na nova operação da PF contra militares



Operação da PF mira militares e aprofunda investigações contra Bolsonaro

Brasília, 24 de agosto de 2023 – Uma nova operação da Polícia Federal (PF), deflagrada nesta quinta-feira, aprofunda as investigações sobre a atuação de militares na tentativa de golpe de 8 de janeiro e coloca ainda mais pressão sobre o ex-presidente Jair Bolsonaro. A ação, batizada de Operação Lucas 12:2, cumpre 16 mandados de busca e apreensão em sete estados, incluindo o Distrito Federal, e mira suspeitas de participação em atos antidemocráticos. A operação é um desdobramento dos inquéritos que apuram os ataques às sedes dos Três Poderes e fortalece a linha investigativa que aponta para uma articulação de militares para minar a legitimidade das eleições de 2022 e desestabilizar o governo Lula.

Entre os alvos da operação estão militares da ativa e da reserva, indicando uma extensão da influência da tentativa golpista dentro das Forças Armadas. A PF investiga a participação desses militares em grupos que planejaram e executaram atos antidemocráticos, utilizando plataformas de comunicação como Telegram e WhatsApp para coordenar ações. As investigações apontam para a existência de um plano para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e para a organização de atos violentos, com a finalidade de instalar um governo de exceção. A operação visa coletar provas que comprovem a participação desses militares nos atos antidemocráticos, incluindo a invasão e depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília.

Os mandados de busca e apreensão foram autorizados pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), e visam apreender celulares, computadores e outros documentos que possam auxiliar nas investigações. Segundo fontes da PF, a operação se baseia em provas robustas, que incluem mensagens trocadas em grupos de WhatsApp e Telegram, além de depoimentos de testemunhas. A investigação busca identificar os líderes e os principais articuladores dos atos antidemocráticos, e determinar o grau de envolvimento de cada militar nas ações criminosas. A operação Lucas 12:2 é mais um capítulo na série de investigações que visam apurar as responsabilidades pela tentativa de golpe de 8 de janeiro, e demonstra a determinação das autoridades em punir os responsáveis pelos atos antidemocráticos.

A operação reforça a pressão sobre Jair Bolsonaro, que já é alvo de outras investigações relacionadas aos atos de 8 de janeiro. A descoberta de envolvimento de militares de alta patente pode aumentar o risco de responsabilização do ex-presidente, considerando a possível omissão ou participação direta em esquemas de conspiração contra a democracia. O desenrolar das investigações e a análise das provas apreendidas serão cruciais para elucidar o alcance da participação dos militares nos atos golpistas e para determinar as punições a que deverão ser submetidos os responsáveis. A expectativa é que a operação Lucas 12:2 forneça elementos importantes para o aprofundamento das investigações e a responsabilização dos envolvidos.

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