O que diz o ouvidor das Polícias após a morte de estudante de medicina



Ouvidor das Polícias se manifesta após morte de estudante de medicina em São Paulo

– A morte de João Pedro Fonseca, estudante de medicina de 25 anos, durante abordagem policial em São Paulo, na última quarta-feira (4), gerou comoção e exige esclarecimentos. O Ouvidor das Polícias, Márcio Fernando Elias Rosa, se manifestou sobre o caso, afirmando que a Corregedoria da Polícia Militar (PM) já iniciou uma investigação interna para apurar as circunstâncias da ocorrência. O episódio ocorreu por volta das 22h30, no bairro do Itaim Bibi, zona sul da capital paulista.

Segundo informações preliminares, João Pedro estava em um carro com amigos quando foi abordado por policiais militares. De acordo com testemunhas, houve troca de tiros, resultando na morte do estudante. A versão apresentada pela PM é de que os policiais teriam reagido a uma ação dos ocupantes do veículo, alegando que eles teriam disparado primeiro. Entretanto, a família contesta essa versão, alegando que João Pedro estava desarmado e que os policiais agiram de forma desproporcional.

O Ouvidor Elias Rosa ressaltou a importância de uma investigação isenta e transparente, garantindo que o órgão acompanhará de perto o processo. Ele enfatizou a necessidade de apurar todas as responsabilidades, sejam elas de policiais militares ou de outras partes envolvidas. A Ouvidoria recebeu diversas denúncias sobre o caso e está analisando vídeos e outros documentos para contribuir com a investigação da Corregedoria. A instituição, segundo o Ouvidor, recebe em média 100 denúncias por mês relacionadas a condutas policiais.

Rosa destacou também a preocupação com a recorrência de casos de violência policial que resultam em mortes, e defendeu a necessidade de mais treinamento e capacitação dos policiais, especialmente no que se refere ao uso proporcional da força. Ele lembrou que a Ouvidoria atua como um canal de comunicação entre a população e as polícias, buscando mediar conflitos e garantir o respeito aos direitos humanos.

A investigação em andamento pela Corregedoria da PM deverá apontar quem são os responsáveis pela morte do estudante e esclarecer se houve excesso ou irregularidades na abordagem policial. O caso permanece sob investigação e a Ouvidoria das Polícias se compromete a acompanhar o processo até o seu final, garantindo transparência e a busca pela justiça. A família de João Pedro, por sua vez, exige justiça e responsabilização pelos fatos ocorridos.

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