O mundo (pior) do Madero
O Mundo Pior de Madero: Desmatamento na Amazônia dispara sob o governo Bolsonaro
– O desmatamento na Amazônia durante o governo de Jair Bolsonaro atingiu níveis alarmantes, superando em muito os números registrados nos anos anteriores. Um relatório recente, analisado pela CartaCapital, pinta um quadro preocupante, revelando o impacto devastador das políticas ambientais da gestão Bolsonaro na maior floresta tropical do mundo. O cenário, segundo especialistas, configura um “mundo pior” do que aquele imaginado pelo próprio ex-presidente, que frequentemente minimizava a gravidade da situação.
O documento analisado revela um aumento significativo na taxa de desmatamento. Entre agosto de 2020 e julho de 2021, foram devastados 13.235 quilômetros quadrados de floresta amazônica, um salto de 22% em relação ao período anterior (agosto de 2019 a julho de 2020). Este crescimento expressivo representa uma clara demonstração da ineficiência das medidas tomadas pelo governo Bolsonaro para proteger a Amazônia, contradizendo suas declarações públicas de compromisso com a preservação ambiental. A situação é ainda mais preocupante se considerarmos o aumento de 75% no desmatamento em áreas indígenas durante o seu mandato.
Outro dado alarmante apontado pelo relatório é a intensificação do desmatamento ilegal. O crescimento acentuado na derrubada de árvores em áreas protegidas demonstra a fragilidade dos mecanismos de fiscalização e a impunidade de grupos envolvidos na exploração ilegal da floresta. A falta de investimento em fiscalização e o enfraquecimento de órgãos ambientais, durante a gestão Bolsonaro, contribuíram significativamente para esse cenário de descontrole. A consequência direta é a perda irreparável da biodiversidade, além dos impactos devastadores sobre o clima global e as populações tradicionais que dependem da floresta para sua sobrevivência.
A combinação de aumento do desmatamento, redução da fiscalização e impunidade demonstra a gravidade da situação. O “mundo pior” previsto por alguns analistas, e que era negado pelo ex-presidente, se tornou uma realidade preocupante para o futuro da Amazônia e do planeta. A reversão desse quadro exige um esforço conjunto de governos, sociedade civil e órgãos internacionais para fortalecer a fiscalização, punir os infratores e implementar políticas eficazes de preservação ambiental. Resta saber se o novo governo terá capacidade e determinação para enfrentar esse desafio monumental e reverter os danos causados nos últimos anos.