Nove cidades do Grande Rio admitem não ter serviço de coleta seletiva de lixo
Rio de Janeiro, 15 de janeiro de 2025 – A falta de coleta seletiva de lixo é uma realidade para boa parte da população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. Uma pesquisa realizada pelo G1 revelou que nove cidades da região admitiram não possuir o serviço, impactando diretamente a vida de milhares de moradores e prejudicando os esforços de sustentabilidade ambiental.
De acordo com a reportagem, as cidades que confirmaram a ausência completa de coleta seletiva são: Belford Roxo, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Magé, Mesquita, Nilópolis, Queimados e São João de Meriti. Isso significa que o lixo orgânico e o reciclável são destinados aos mesmos caminhões e aterros sanitários, sem nenhum processo de separação prévio. A ausência do serviço gera preocupações com o impacto ambiental, considerando o volume de resíduos gerado e a falta de destinação adequada para materiais recicláveis.
A pesquisa também aponta que a situação varia entre os municípios. Algumas cidades, embora não possuam um serviço completo de coleta seletiva, realizam ações pontuais de coleta de recicláveis, como em eventos específicos ou por meio de parcerias com cooperativas. Entretanto, a falta de um sistema eficiente e abrangente persiste na maioria das regiões.
A ausência de coleta seletiva afeta diretamente a população, que frequentemente precisa se deslocar até pontos de coleta particulares ou dependentes de iniciativas de voluntários para descartar corretamente seus materiais recicláveis. A falta de infraestrutura adequada também dificulta a atuação de cooperativas de reciclagem e prejudica a geração de empregos e renda na região.
Embora o G1 tenha procurado as prefeituras das nove cidades para obter esclarecimentos sobre os motivos da ausência do serviço e planos futuros, não houve resposta até o fechamento desta reportagem. A falta de informações oficiais por parte dos órgãos públicos contribui para a incerteza quanto à solução do problema e gera preocupação entre os moradores.
A situação expõe a urgente necessidade de investimentos em infraestrutura e políticas públicas para garantir a coleta seletiva de lixo em toda a Região Metropolitana do Rio de Janeiro. A implementação de um serviço eficiente é fundamental não apenas para a preservação do meio ambiente, mas também para a melhoria da qualidade de vida da população e a promoção de uma economia circular mais sustentável. A ausência de respostas por parte das prefeituras levanta questionamentos sobre a prioridade dada à questão ambiental e o compromisso com o desenvolvimento sustentável na região.