Nova pesquisa mostra que um quarto dos animais de água doce está ameaçado de extinção

Um quarto dos animais de água doce está ameaçado de extinção

Rio de Janeiro, 10 de janeiro de 2025 – Um novo estudo publicado na revista científica Nature, trouxe um alerta preocupante sobre a biodiversidade aquática: um quarto das espécies de animais de água doce do planeta está ameaçado de extinção. A pesquisa, que analisou mais de 16 mil espécies, revelou que a situação é mais crítica do que se imaginava, destacando a urgente necessidade de ações de conservação.

O trabalho, conduzido por uma equipe internacional de pesquisadores, utilizou dados da Lista Vermelha da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN), a principal base de dados global sobre o estado de conservação de espécies. A análise detalhada revelou que 26% das espécies de água doce estão ameaçadas, um número significativamente alto que evidencia a fragilidade desses ecossistemas. A pesquisa também apontou que os peixes são o grupo mais afetado, com 37% das espécies em risco.

Os pesquisadores ressaltam que as ameaças aos animais de água doce são diversas e interligadas. A perda e degradação de habitats, causadas principalmente pela agricultura intensiva, poluição da água e a construção de barragens, são fatores cruciais. A introdução de espécies invasoras e as mudanças climáticas também contribuem significativamente para o declínio populacional dessas espécies.

A situação é particularmente alarmante em regiões como o sudeste asiático e a bacia amazônica, áreas ricas em biodiversidade de água doce, mas que também sofrem com altos níveis de desmatamento e pressão antrópica. A pesquisa enfatiza a importância da preservação desses ecossistemas, essenciais para a regulação hídrica, segurança alimentar e a saúde humana.

Os autores do estudo apelam para ações urgentes de conservação, incluindo a criação de áreas protegidas, o controle da poluição e a implementação de práticas de manejo sustentável da água. Eles alertam que a perda da biodiversidade de água doce terá consequências devastadoras para os ecossistemas aquáticos e, por extensão, para o planeta inteiro. A preservação dessas espécies é crucial não apenas para a manutenção da biodiversidade, mas também para a sustentabilidade dos recursos hídricos e o bem-estar das populações humanas. O estudo reforça a necessidade de políticas públicas eficazes e de um esforço coletivo para proteger esses ambientes frágeis e vitais.