No Brasil, 1,4 milhão de estudantes não têm água tratada na escola



São Paulo, 22 de março de 2023 – A realidade de milhões de estudantes brasileiros é marcada pela falta de acesso a recursos básicos, inclusive à água tratada. De acordo com dados do Censo Escolar de 2021, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 14 milhões de alunos – equivalente a 28% do total de estudantes do país – frequentam escolas sem água potável. A situação preocupante expõe a desigualdade no acesso à educação de qualidade e evidencia a necessidade urgente de investimentos em infraestrutura escolar.

O estudo revela uma disparidade significativa entre as regiões brasileiras. A região Norte apresenta o pior cenário, com 42% das escolas sem água tratada. Em seguida, aparece a região Nordeste, com 35% das instituições de ensino sem acesso a esse recurso essencial. Já no Sul, o percentual cai para 17%, demonstrando a concentração de problemas nas regiões mais vulneráveis do país.

A falta de água potável nas escolas impacta diretamente a saúde dos alunos e compromete o processo de aprendizagem. A ausência de higiene adequada aumenta o risco de doenças e infecções, levando à falta de frequência escolar e ao comprometimento do rendimento acadêmico. Além disso, a dificuldade de acesso à água afeta a realização de atividades pedagógicas que dependem desse recurso, comprometendo a qualidade da educação oferecida.

O Censo Escolar também detalha a situação das escolas que dispõem de água tratada, mas enfrentam problemas com o abastecimento. Em 10% das escolas com água tratada, o fornecimento é irregular. Isso demonstra que, mesmo quando o recurso está disponível, a sua garantia não é assegurada.

A pesquisa do IBGE destaca, portanto, a urgência de políticas públicas efetivas para garantir o acesso à água potável em todas as escolas brasileiras. A garantia desse direito fundamental contribui significativamente para a promoção da saúde, bem-estar e sucesso educacional de milhões de crianças e jovens. A falta de investimento em infraestrutura escolar afeta não apenas a qualidade da educação, mas também as perspectivas de futuro de uma parcela significativa da população brasileira. Soluções imediatas e investimentos contínuos são necessários para que todos os alunos tenham as condições mínimas para aprender e se desenvolver plenamente.

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