Netanyahu diz que Hezbollah precisa ser empurrado para além de linha estabelecida em resolução da ONU no Líbano
Netanyahu ameaça Hezbollah em visita à fronteira com o Líbano
O primeiro-ministro de Israel, , intensificou o discurso bélico contra o Hezbollah em uma visita à fronteira com o Líbano neste domingo (3/11). Em declarações contundentes, Netanyahu afirmou que o grupo militante libanês precisa ser “empurrado para além da linha estabelecida na resolução 1701 da ONU”.
A resolução 1701, aprovada em 2006 após a Guerra do Líbano, determinou o cessar-fogo entre Israel e o Hezbollah, além de estabelecer uma força da ONU para monitorar a fronteira entre os dois países.
Segundo Netanyahu, o Hezbollah está construindo fortificações e túneis que violam a resolução da ONU e representam uma ameaça direta à segurança de Israel. “Nós não permitiremos que o Hezbollah viole a soberania de Israel”, declarou o primeiro-ministro.
O líder israelense também acusou o Hezbollah de sequestrar soldados israelenses em 2006 e de disparar milhares de foguetes contra Israel nos últimos anos. Ele reiterou que Israel está pronto para defender seu território e retaliar qualquer ataque do grupo militante.
“Nós somos fortes, estamos unidos e estamos prontos para fazer o que for necessário para proteger nosso povo”, disse Netanyahu. “O Hezbollah precisa entender que não vamos tolerar suas ações e que vamos responder com força.”
A visita de Netanyahu à fronteira com o Líbano ocorre em meio a um aumento das tensões entre Israel e o Hezbollah. As forças israelenses têm intensificado as operações na fronteira em resposta ao que dizem ser atividades do Hezbollah, incluindo o aumento da presença militar e a construção de túneis subterrâneos.
O Hezbollah, por sua vez, também tem demonstrado força militar na fronteira e feito ameaças contra Israel. Recentemente, o grupo lançou foguetes contra território israelense em resposta a ataques aéreos israelenses na Síria.
A escalada da tensão entre Israel e o Hezbollah preocupa a comunidade internacional, que teme a eclosão de um novo conflito entre os dois países. A ONU tem reiterado o compromisso com a resolução 1701 e tem chamado para a desescalada do conflito.