Netanyahu admite ter dado sinal verde para ataque com pagers contra o Hezbollah



Netanyahu admite ter autorizado ataque com pagers contra o Hezbollah em 2006

O ex-primeiro-ministro israelense, , admitiu publicamente ter autorizado um ataque com pagers contra o Hezbollah durante a Guerra do Líbano em 2006. A revelação foi feita em um vídeo de uma entrevista ao programa “The Interview” do canal israelense Kan 11, divulgado na última terça-feira, 25 de julho.

Segundo Netanyahu, o ataque consistia em enviar mensagens aos celulares dos combatentes do Hezbollah, simulando ordens de seus superiores. O objetivo era confundir as tropas inimigas e causar caos em suas linhas de comunicação. “Nós enviamos mensagens com ordens falsas, simulando ordens de seus líderes”, disse Netanyahu. “Eles realmente acreditaram que era real. Era como uma guerra psicológica.”

O ex-premiê justificou a ação, alegando que era uma forma de “minimizá-las”. “Nós estávamos lutando uma guerra e estávamos procurando maneiras de reduzir as baixas em ambos os lados”, afirmou. “Este ataque foi um exemplo disso.”

A revelação de Netanyahu gerou controvérsia na comunidade internacional. Alguns especialistas em ética militar consideram a ação uma violação das Convenções de Genebra, que proíbem o uso de “artifícios cruéis” em conflitos armados. “Este tipo de ataque pode causar danos psicológicos e emocionais significativos aos soldados inimigos, especialmente se eles são levados a acreditar que estão cometendo atos que seus superiores não ordenaram”, disse um especialista que não quis se identificar.

A Guerra do Líbano de 2006, que durou 34 dias, resultou na morte de cerca de 1.200 libaneses, incluindo muitos civis, e 158 israelenses. O conflito teve início após o sequestro de dois soldados israelenses por militantes do Hezbollah.

A admissão de Netanyahu sobre o ataque com pagers levanta questões sobre a ética da guerra moderna e os limites da guerra psicológica. Embora ele defenda a ação como uma tentativa de reduzir baixas, a controvérsia sobre a legalidade e a moralidade do ataque segue em aberto.

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