Na presença de ministros, multidão pede ‘justiça’ durante velório de vítimas do ataque ao assentamento do MST
Multidão pede justiça em velório de vítimas do ataque a assentamento do MST em São Sebastião
– Uma multidão emocionada se reuniu neste sábado em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo, para o velório das vítimas do ataque ao assentamento do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) na região. A presença de ministros de Estado, entre eles o da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, e o da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, não diminuiu a comoção e a indignação da população, que clamava por justiça e responsabilização dos autores do crime.
O ataque, ocorrido na quarta-feira (8), resultou na morte de quatro pessoas e deixou várias outras feridas. Segundo informações preliminares, homens armados invadiram o assentamento, abrindo fogo contra os moradores. As vítimas foram identificadas como João Paulo Rodrigues, Maria da Silva, José Pereira e Ana Clara Santos. As autoridades ainda investigam a motivação do crime e se há relação com conflitos fundiários na região.
O velório, realizado na Igreja Matriz de São Sebastião, foi marcado por cenas de dor e protestos. Familiares e amigos das vítimas choravam desconsolados, enquanto manifestantes carregavam faixas e cartazes exigindo justiça e o fim da violência no campo. Muitos presentes criticavam a lentidão das investigações e a falta de segurança para os trabalhadores rurais. O clima tenso era palpável, com gritos de “Justiça!” ecoando pela cidade.
Ministro Flávio Dino, presente no velório, prestou condolências às famílias e garantiu que o governo federal está empenhado em solucionar o caso. Já o Ministro Carlos Fávaro se comprometeu a apurar as circunstâncias do ataque e a fortalecer as medidas de proteção aos trabalhadores rurais. Apesar das declarações de apoio e promessas de investigação, a multidão permaneceu cética, exigindo ações concretas e efetivas para prevenir novos casos de violência.
A comoção gerada pela tragédia em São Sebastião ultrapassa os limites locais, reforçando a urgência de um debate nacional sobre a violência no campo e a necessidade de políticas públicas efetivas para garantir a segurança dos trabalhadores rurais e o respeito aos seus direitos. A investigação do caso segue em andamento, com a expectativa de que os responsáveis sejam identificados e punidos. A busca por justiça e a lembrança das vítimas serão, sem dúvidas, fatores cruciais para impulsionar mudanças e prevenir futuros ataques.