Na contramão do G20, Rio prevê redução de gastos com assistência social em 2025



Rio prevê redução de gastos com assistência social em 2025

– A Prefeitura do Rio de Janeiro anunciou nesta quinta-feira (22) uma previsão de redução nos gastos com assistência social para o ano de 2025. A proposta orçamentária para o próximo ano prevê um corte de 11% em relação ao orçamento de 2024 na área, o que representa uma economia de R$ 250 milhões. A notícia gerou preocupação em entidades do terceiro setor e defensores dos direitos humanos, que temem o impacto negativo sobre a população mais vulnerável da cidade.

Segundo a Secretaria Municipal de Fazenda, a redução se justifica pela necessidade de equilibrar as contas públicas e priorizar investimentos em outras áreas consideradas essenciais pela administração municipal. O orçamento total previsto para 2025 é de R$ 71,4 bilhões, um aumento de 11,7% em relação a 2024. Apesar do crescimento geral, a área de assistência social sofrerá o contingenciamento significativo, passando de R$ 2,2 bilhões em 2024 para cerca de R$ 1,95 bilhão em 2025.

A prefeitura argumenta que a redução não comprometerá a assistência básica à população, afirmando que o montante previsto ainda será suficiente para garantir os serviços essenciais. No entanto, representantes de organizações não governamentais (ONGs) que atuam na área contestam essa afirmação, alegando que o corte afetará diretamente a capacidade de atendimento de programas sociais cruciais, como o de combate à fome e a iniciativas de acolhimento de pessoas em situação de rua. A redução poderá impactar diretamente a rede de apoio a idosos, crianças e famílias em situação de vulnerabilidade.

A previsão orçamentária ainda precisa ser aprovada pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro. A discussão do projeto de lei que define o orçamento de 2025 deve gerar debates acalorados nos próximos dias, com a oposição pressionando por maiores esclarecimentos sobre a justificativa para os cortes e os impactos previstos para a população. Entidades do terceiro setor já se mobilizam para apresentar contrapropostas e pressionar por uma revisão do orçamento, buscando garantir a manutenção dos serviços de assistência social para os mais necessitados. A população acompanha com apreensão o desenrolar dos eventos e a definição final do orçamento para o ano vindouro.

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