Mundo ultrapassa a marca de 1,6°C: entenda o que isso significa para o clima e quais os impactos para o Brasil



Rio de Janeiro, 11 de janeiro de 2025 – A temperatura média global ultrapassou a marca de 1,6°C acima dos níveis pré-industriais, segundo dados divulgados recentemente. Esse aumento, que supera o limite estabelecido pelo Acordo de Paris, acende um alerta vermelho sobre as consequências para o clima mundial e, de forma particularmente preocupante, para o Brasil.

A Organização Meteorológica Mundial (OMM) confirmou que 2024 foi o ano mais quente já registrado, impulsionando a média de aquecimento global para além de 1,6°C. Esse número representa um salto significativo em relação ao limite ideal de 1,5°C, estipulado pelo Acordo de Paris para evitar os piores impactos das mudanças climáticas. A diferença, aparentemente pequena, implica em um aumento substancial de eventos climáticos extremos.

O impacto dessa elevação térmica já é visível em todo o planeta. A OMM aponta um aumento na frequência e intensidade de ondas de calor, secas, inundações e tempestades. O derretimento acelerado das geleiras e o aumento do nível do mar são outras consequências preocupantes.

Para o Brasil, a situação é particularmente crítica. O país já enfrenta impactos significativos das mudanças climáticas, incluindo secas prolongadas na região amazônica e no Nordeste, aumento de chuvas torrenciais em outras áreas e o agravamento de eventos climáticos extremos como a estiagem severa enfrentada em 2023/2024. Os impactos econômicos sobre a agricultura, a pecuária e os recursos hídricos são consideráveis. Além disso, o aumento das temperaturas coloca em risco a biodiversidade da Amazônia, com consequências para o clima global.

O aumento na frequência e intensidade de eventos climáticos também tem consequências sociais. Populações inteiras são afetadas por desastres naturais, que forçam migrações e causam danos irreparáveis à infraestrutura e à economia.

A ultrapassagem da marca de 1,6°C de aquecimento global exige uma ação imediata e concertada por parte dos governos e da sociedade em geral. A redução das emissões de gases de efeito estufa é fundamental para mitigar os impactos das mudanças climáticas e evitar consequências ainda mais graves. Para o Brasil, isso significa investir em energias renováveis, em políticas de conservação ambiental e em medidas de adaptação às mudanças climáticas que já estão acontecendo. A falta de ação decisiva coloca em risco não apenas o futuro do país, mas também o equilíbrio climático do planeta.

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