Mulheres jovens sofrem mais com ansiedade causada pelo uso excessivo de telas, mostra estudo



São Paulo, 06 de abril de 2025 – Um novo estudo revela que mulheres jovens são o grupo mais vulnerável aos efeitos negativos do uso excessivo de telas, apresentando taxas significativamente mais altas de ansiedade. A pesquisa, ainda não publicada em detalhes, foi apresentada durante o Congresso Brasileiro de Psiquiatria, realizado em São Paulo. Os dados preocupantes apontam para a necessidade de uma maior conscientização sobre o impacto do tempo excessivo em frente a telas na saúde mental, especialmente entre as mulheres jovens.

A pesquisa, conduzida por uma equipe de especialistas em saúde mental, analisou os dados de uma amostra representativa da população brasileira. Os resultados indicaram que 70% das mulheres jovens relatam sintomas de ansiedade relacionados ao uso de smartphones, tablets e computadores. Comparativamente, apenas 40% dos homens jovens apresentaram os mesmos sintomas. A diferença significativa entre os gêneros destaca a importância de se considerar as particularidades da experiência feminina na relação com as tecnologias digitais.

A equipe de pesquisa ainda identificou uma correlação entre a quantidade de tempo gasto nas redes sociais e a intensidade dos sintomas de ansiedade. Aquelas que passavam mais de quatro horas por dia nas plataformas digitais apresentavam taxas consideravelmente mais altas de ansiedade. A exposição contínua a comparações sociais, pressão estética e informações negativas contribui significativamente para o aumento dos níveis de estresse e ansiedade. O estudo não detalha o tipo específico de plataformas de redes sociais utilizadas, mas a amplitude do problema permanece evidente.

Além da ansiedade, os pesquisadores observaram uma correlação entre o uso excessivo de telas e outros problemas de saúde mental, como depressão e distúrbios do sono, embora esses dados não tenham sido apresentados com a mesma profundidade que os relacionados à ansiedade.

A conclusão do estudo ressalta a urgência de se desenvolverem estratégias eficazes para promover o uso consciente de tecnologias digitais. É fundamental fomentar hábitos saudáveis de consumo de conteúdo online, incentivando limites de tempo, pausas regulares e atividades offline. Os especialistas também defendem a implementação de programas educativos direcionados às mulheres jovens, que buscam auxiliar no gerenciamento do tempo nas redes sociais e na construção de uma relação mais equilibrada com as telas. A conscientização sobre os perigos do uso excessivo de telas e a busca por apoio profissional são passos cruciais para mitigar os impactos negativos na saúde mental, especialmente para esse grupo populacional.

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