MPF quer explicações da Meta sobre impacto da decisão de Zuckerberg no Brasil
MPF exige explicações da Meta sobre impacto da decisão de Zuckerberg no Brasil
– O Ministério Público Federal (MPF) oficiou a Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, solicitando esclarecimentos sobre o impacto da decisão de Mark Zuckerberg de cortar 11 mil empregos globalmente, incluindo o Brasil. A medida, anunciada em novembro de 2022, gerou preocupações sobre as consequências para os funcionários brasileiros e o funcionamento das plataformas no país.
O ofício, protocolado no dia 22 de agosto, questiona a empresa sobre o número exato de demissões no Brasil, a forma como foram conduzidas as dispensas e quais as medidas adotadas para garantir os direitos trabalhistas dos empregados desligados. O MPF também busca informações sobre os impactos da redução de pessoal na prestação de serviços das plataformas e na moderação de conteúdo no território nacional.
A preocupação do MPF reside na potencial fragilização dos mecanismos de combate à desinformação e à violência online, tendo em vista a importância das plataformas da Meta para a comunicação e o debate público no Brasil. A redução de funcionários pode afetar diretamente a capacidade da empresa de monitorar e conter a disseminação de conteúdo nocivo, alerta o Ministério Público.
Além do quantitativo de demissões, o MPF solicita dados sobre os critérios utilizados para a seleção dos funcionários demitidos, buscando averiguar a existência de discriminação ou violações de direitos trabalhistas. A investigação também abrange o impacto da decisão de Zuckerberg no atendimento ao usuário e na resposta a denúncias de conteúdo impróprio.
O prazo para a Meta apresentar as informações solicitadas pelo MPF não foi divulgado publicamente. A empresa ainda não se manifestou oficialmente sobre o ofício. A resposta da Meta será crucial para avaliar as reais consequências da decisão de Zuckerberg para o cenário digital brasileiro e para a garantia dos direitos trabalhistas dos funcionários impactados. O MPF se mantém vigilante no monitoramento da situação e na defesa dos interesses da sociedade brasileira.