MP quer explicação de secretário de Nunes após rejeição a câmeras corporais na GCM



Ministério Público exige explicações de secretário de Nunes após rejeição de câmeras corporais na GCM

– O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) oficiou a Secretaria de Segurança Pública do município de São Paulo, solicitando esclarecimentos sobre a rejeição da proposta de implantação de câmeras corporais na Guarda Civil Metropolitana (GCM). A iniciativa, que visava aumentar a transparência e a responsabilização dos agentes, foi vetada pela gestão do prefeito Ricardo Nunes. A decisão gerou polêmica e motivou a investigação do MP-SP.

O documento, encaminhado ao secretário municipal de Segurança Urbana, Guilherme Derrite, solicita informações detalhadas sobre os motivos que levaram à negativa da proposta. O MP-SP questiona a justificativa apresentada pela prefeitura, que alegou dificuldades orçamentárias e operacionais para a implementação do programa. A promotoria busca entender se houve, de fato, uma análise completa dos custos e benefícios da utilização das câmeras, bem como se foram consideradas alternativas para minimizar os potenciais desafios.

A proposta de implantação de câmeras corporais na GCM foi apresentada pelo próprio MP-SP, em conjunto com outras entidades que defendem os direitos humanos e a segurança pública. A expectativa era que o programa pudesse contribuir para a redução de casos de violência policial e o aumento da confiabilidade da atuação da Guarda Civil. A rejeição, no entanto, gerou preocupações sobre a postura da gestão municipal em relação à transparência e ao controle externo da atividade policial.

O ofício do MP-SP destaca a importância das câmeras corporais como instrumento de fiscalização e proteção tanto para os agentes da GCM quanto para a população. A promotoria argumenta que o uso dessa tecnologia já se mostrou eficaz em outras cidades, contribuindo para a diminuição de queixas contra os agentes e para a responsabilização por eventuais excessos. A falta de transparência na decisão da prefeitura, segundo o MP, gera incertezas sobre a real prioridade dada à segurança pública e aos direitos humanos na gestão municipal.

O prazo para que a Secretaria de Segurança Urbana responda ao ofício do Ministério Público não foi divulgado. A expectativa é que as informações prestadas pela prefeitura esclareçam os pontos questionados e permitam uma avaliação completa sobre a viabilidade e a pertinência da implantação das câmeras corporais na GCM. A população acompanha atentamente o desenrolar da situação, na esperança de que a transparência e a responsabilização sejam prioridades na gestão da segurança pública em São Paulo.

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