MP apura conduta de prefeito de MG que usou evento público para pedir anistia a presos por atos golpistas de 8 de janeiro



MP apura conduta de prefeito mineiro que pediu anistia a presos por atos golpistas em evento público

– O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) instaurou procedimento para apurar a conduta do prefeito de Três Corações, Luiz Eduardo da Costa (PSD), após ele ter utilizado um evento público para pedir anistia a presos pelos atos golpistas de 8 de janeiro em Brasília. O evento, realizado na última sexta-feira (30/11), foi transmitido ao vivo pela internet e chamou a atenção pelas declarações do prefeito.

Segundo informações do MPMG, o prefeito teria feito um pronunciamento público em que solicitou a anistia para os presos envolvidos nos ataques às sedes dos Três Poderes. A manifestação ocorreu durante uma solenidade oficial do município, gerando questionamentos sobre o uso indevido de recursos e espaço públicos para fins político-partidários. A investigação do Ministério Público buscará avaliar se houve desvio de finalidade no evento, se o uso do espaço público para tal discurso se enquadra na legislação e se houve qualquer tipo de improbidade administrativa por parte do prefeito.

O MPMG não divulgou detalhes sobre o conteúdo exato do discurso do prefeito, nem o prazo para conclusão da apuração. No entanto, a instauração do procedimento demonstra a preocupação da instituição com a potencial utilização de recursos públicos para promoção de pautas político-partidárias e o questionamento da adequação do ato de pedir anistia para indivíduos envolvidos em crimes de tamanha gravidade. A investigação deve analisar provas como vídeos da transmissão ao vivo e testemunhos.

A repercussão do caso tem sido intensa nas redes sociais e em meios de comunicação locais. A oposição ao prefeito já se manifestou, questionando a conduta do gestor público e solicitando explicações à Câmara Municipal. A população, por sua vez, se encontra dividida entre aqueles que apoiam a posição do prefeito e aqueles que a consideram inadequada e inconveniente, dada a gravidade dos atos golpistas de 8 de janeiro.

O caso em Três Corações reforça o debate nacional sobre a polarização política e o uso de espaços públicos em eventos com fins político-partidários. A conclusão da investigação do MPMG é aguardada com expectativa, pois poderá servir de precedente para casos similares em outros municípios. O prefeito Luiz Eduardo da Costa ainda não se pronunciou oficialmente sobre a instauração do procedimento do Ministério Público.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *