Motoristas de ônibus de João Pessoa recusam proposta de conciliação e greve permanece



João Pessoa, 27 de janeiro de 2025 – A greve dos motoristas de ônibus de João Pessoa continua. Após uma reunião na tarde deste domingo (27), a categoria rejeitou a proposta apresentada pelo Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de João Pessoa (Setrans) e decidiu manter a paralisação do serviço. A decisão afeta milhares de passageiros que dependem do transporte público na capital paraibana.

A proposta do Setrans previa um reajuste salarial de 8%, bem como o pagamento de uma cesta básica de alimentos. No entanto, os motoristas, representados pelo Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários de João Pessoa (Sintrop), consideraram a oferta insuficiente para atender às suas reivindicações. Eles argumentam que o índice inflacionário atual é bem superior ao percentual proposto e que as condições de trabalho precisam ser melhoradas. Além do aumento salarial, o Sintrop mantém a exigência pela recomposição salarial do período de 2023, que não foi contemplada pela proposta apresentada. A insatisfação com a proposta levou a categoria a manter a greve, que já afeta o transporte coletivo na cidade há dias.

A falta de acordo entre as partes mantém a incerteza sobre a duração da paralisação. O Sintrop afirmou que novas negociações dependem da apresentação de uma proposta mais condizente com as necessidades da categoria. Já o Setrans não se manifestou publicamente após o resultado da reunião. A população, por sua vez, sofre com as dificuldades de locomoção, recorrendo a meios alternativos e enfrentando longas filas nos poucos ônibus que circulam pela cidade, aqueles que não aderiram à paralisação. A ausência de um acordo iminente preocupa as autoridades, que temem impactos econômicos e sociais mais profundos caso a greve se prolongue.

A situação permanece tensa e a população de João Pessoa aguarda ansiosamente por uma solução que ponha fim à greve e restabeleça o funcionamento normal do transporte público. As negociações seguem indefinidas, deixando o futuro da mobilidade urbana da capital paraibana em aberto.

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