Mortos confundidos com milicianos e baleados em bar de Nova Iguaçu participavam de amigo oculto



Nova Iguaçu, RJ – 15 de dezembro de 2024 – Três amigos que participavam de uma confraternização de amigo oculto foram mortos a tiros na noite de sexta-feira (13), em um bar no bairro de Austin, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. A tragédia resultou de um erro policial: os jovens foram confundidos com milicianos. O caso chocou a região e reacendeu o debate sobre a segurança pública e a atuação das forças policiais.

Segundo testemunhas, os três amigos, identificados como Luiz Cláudio de Souza, de 33 anos, Matheus dos Santos, de 28 anos, e Iago de Oliveira, de 27 anos, estavam reunidos em um bar com mais amigos, comemorando o fim de ano com uma brincadeira de amigo oculto. Por volta das 23h, policiais militares chegaram ao local e, sem aviso prévio, abriram fogo contra o grupo. Os três amigos foram atingidos e morreram no local. Outras duas pessoas ficaram feridas.

Os policiais alegaram que confundiram os jovens com milicianos. No entanto, a versão não convenceu familiares e amigos das vítimas, que afirmam que os três eram trabalhadores, sem qualquer envolvimento com atividades criminosas. A polícia apreendeu um carro e uma moto no local, mas não divulgou se encontrou armas. As investigações estão em andamento e a polícia militar informou que vai apurar os fatos para identificar responsabilidades.

A família de Luiz Cláudio relatou que ele era trabalhador autônomo e deixou esposa e filho. Matheus trabalhava como ajudante de pedreiro, enquanto Iago era autônomo. A comunidade de Austin está em luto e abalada com a tragédia, que ressalta a fragilidade da vida e a gravidade dos erros cometidos em operações policiais. A Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) investiga o caso e busca esclarecer as circunstâncias que levaram ao trágico episódio. O episódio reforça a necessidade de aperfeiçoamento dos protocolos de segurança em operações policiais, garantindo a proteção da população e evitando que tragédias como essa se repitam. A expectativa é que a investigação traga respostas e justiça às famílias das vítimas.

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