Mortes de crianças e adolescentes por PMs crescem 120% em SP



São Paulo, 28 de julho de 2023 – Um relatório recente da Ouvidoria da Polícia de São Paulo expôs um aumento alarmante de 120% nas mortes de crianças e adolescentes causadas por policiais militares no estado. O dado, que abrange o período entre janeiro e junho de 2023, comparado ao mesmo período de 2022, acende um sinal vermelho sobre a letalidade policial e a vulnerabilidade da população jovem em São Paulo.

O estudo da Ouvidoria aponta que, no primeiro semestre de 2022, foram registradas 15 mortes de crianças e adolescentes em decorrência de ações da PM. Já em 2023, esse número saltou para 33, representando um crescimento significativo e preocupante. A Ouvidoria não detalha as circunstâncias de cada caso, mas os dados brutos já são suficientes para gerar indignação e demandar uma investigação mais aprofundada sobre as práticas da polícia militar paulista.

A falta de transparência sobre as operações policiais e a escassez de informações detalhadas sobre as mortes, aponta para a necessidade de maior controle e fiscalização das ações da PM. A ausência de dados mais completos dificulta a compreensão das causas por trás desse aumento drástico, impedindo uma análise mais precisa e o desenvolvimento de políticas públicas eficazes para mitigar a violência letal contra jovens.

O aumento de 120% nas mortes de crianças e adolescentes nas mãos de policiais militares em São Paulo exige uma resposta imediata e contundente das autoridades. A sociedade civil, os órgãos de controle e o próprio governo paulista precisam se unir para exigir maior transparência, responsabilização e, sobretudo, a adoção de medidas efetivas para prevenir novas tragédias e garantir a segurança da população, especialmente dos mais jovens. A impunidade, nesse contexto, se configura como um fator agravante que precisa ser enfrentado com rigor. A falta de informações precisas dificulta a elaboração de um diagnóstico completo, mas o cenário apresentado pela Ouvidoria da Polícia é alarmante e exige ações urgentes para proteger as crianças e adolescentes paulistas.

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