Moraes pede que PGR analise o pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump
Moraes repassa a Augusto Aras pedido de Bolsonaro para ir à posse de Trump
– O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), encaminhou ao procurador-geral da República, Augusto Aras, o pedido da defesa de Jair Bolsonaro para que ele possa viajar aos Estados Unidos e participar da posse de Donald Trump. A solicitação foi feita à Corte nesta quinta-feira, e a decisão de Moraes de repassá-la à PGR demonstra a cautela do ministro em lidar com o assunto, levando em conta os inúmeros processos que pesam sobre o ex-presidente.
O pedido, protocolado pela defesa de Bolsonaro, busca autorização para que ele deixe o país e participe da cerimônia de posse do ex-presidente americano, marcada para o dia 20 de janeiro. Embora a data da posse de Trump já tenha passado, a defesa de Bolsonaro parece ter se baseado em informações desatualizadas. A solicitação ignora o fato de que Trump não está mais se candidatando à presidência. O pedido, portanto, carece de clareza em relação ao objetivo da viagem, considerando que a posse a qual se refere já ocorreu em 20 de janeiro de 2017. Vale ressaltar que esta data diverge da informação da notícia, que menciona 20 de janeiro de 2023, apontando para uma possível confusão temporal no documento da defesa.
A estratégia de Moraes de encaminhar o pedido ao procurador-geral da República sugere uma busca por avaliação mais ampla do caso, que envolve complexas questões jurídicas. A PGR terá a responsabilidade de analisar o pedido, levando em conta os inúmeros processos em que Bolsonaro é réu no STF, os quais podem influenciar na concessão ou não da autorização para a viagem. Entre esses processos, estão investigações sobre atos antidemocráticos, ataques à democracia e a divulgação de informações falsas. A decisão final sobre a viagem de Bolsonaro, portanto, ficará a cargo de Aras, após a devida análise do pedido e das circunstâncias em que se encontra o ex-presidente.
A reportagem da Carta Capital não traz detalhes sobre o conteúdo completo do pedido de Bolsonaro, limitando-se à informação do encaminhamento à PGR. A falta de transparência neste ponto impede uma análise mais aprofundada dos argumentos apresentados pela defesa do ex-presidente para justificar sua viagem. A expectativa agora se volta para o posicionamento de Augusto Aras e o tempo que ele levará para emitir um parecer sobre o caso. A decisão, independentemente do resultado, certamente terá grande repercussão política no país.