Moraes nega pedido de Zambelli para visitar presas do 8 de Janeiro
Moraes nega pedido de Zambelli para visitar presas do 8 de janeiro
Brasília, 27 de julho de 2023 – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou o pedido da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) para visitar as presas preventivamente em decorrência dos atos golpistas de 8 de janeiro. A decisão, tomada nesta quarta-feira, reforça a postura do ministro em relação à manutenção da ordem e à imparcialidade do processo judicial em curso.
O pedido de Zambelli, protocolado no STF, solicitava autorização para visitar as mulheres presas na Papuda, em Brasília. A deputada alegou pretender prestar assistência jurídica e social às detenta, mas não apresentou argumentos concretos que justificassem a excepcionalidade da solicitação, o que pesou na decisão de Moraes. A negativa foi fundamentada na necessidade de preservar a ordem e a segurança do processo, evitando qualquer interferência que pudesse comprometer a imparcialidade das investigações e a aplicação da lei.
Moraes ressaltou que a defesa das presas possui amplo acesso aos autos e aos seus constituintes, podendo exercer seus direitos de forma regular por meio dos meios processuais adequados. A visita da deputada, segundo a decisão do ministro, poderia ser interpretada como um ato de cunho político, potencialmente prejudicial à isenção da justiça e à correta condução do processo.
Vale lembrar que as prisões preventivas em questão foram determinadas pelo próprio Supremo Tribunal Federal, em decorrência das investigações dos atos de 8 de janeiro, que resultaram em depredação das sedes dos Três Poderes em Brasília. Centenas de pessoas foram presas preventivamente, acusadas de participação nos atos de vandalismo e terrorismo.
A decisão de Moraes demonstra a firmeza do STF em garantir a legalidade do processo, rejeitando quaisquer tentativas externas que possam interferir na justiça e na aplicação das leis. A negativa ao pedido de Zambelli reforça a necessidade de se manter o rigor nas investigações e o respeito ao devido processo legal, sem concessões a pressões políticas ou externas. A deputada, por sua vez, não se manifestou publicamente sobre a decisão até o momento da publicação desta matéria.