Modo mineiro de fazer queijo se torna patrimônio imaterial da humanidade; alimento é o primeiro da culinária brasileira a receber título

Modo mineiro de fazer queijo conquista título de Patrimônio Imaterial da Humanidade

Brasília, 4 de dezembro de 2024 – O Brasil comemora um feito inédito na gastronomia: o modo mineiro de fazer queijo acaba de ser reconhecido como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Unesco. Este é o primeiro alimento da culinária brasileira a receber essa honraria, um reconhecimento que celebra não apenas uma técnica ancestral, mas também a riqueza cultural e a identidade de Minas Gerais.

A notícia foi recebida com grande entusiasmo por produtores, autoridades e amantes da gastronomia mineira. A candidatura, apresentada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), destacou a importância da tradição queijeira mineira, passada de geração em geração, mantendo-se viva por séculos. O processo artesanal de produção, que envolve desde a ordenha até o processo de cura, foi crucial para a conquista do título. O Iphan ressaltou a importância da preservação das técnicas tradicionais e do conhecimento local que garantem a autenticidade do produto.

A Unesco reconheceu a singularidade do modo mineiro de fazer queijo, destacando a diversidade de queijos produzidos em diferentes regiões do estado, cada qual com suas características únicas, relacionadas ao tipo de leite, ao processo de produção e à cura. O título reconhece a importância da transmissão de saberes entre gerações, garantindo a perpetuação dessa tradição cultural tão significativa para a identidade mineira e brasileira.

Além da técnica em si, a candidatura destacou a importância socioeconômica da atividade para as comunidades envolvidas na produção queijeira, contribuindo para geração de renda e preservação de paisagens rurais. A obtenção do título representa um importante incentivo à valorização e à preservação dessa atividade tradicional, tão fundamental para a cultura brasileira.

A conquista deste título representa um marco histórico para o Brasil. O reconhecimento internacional do modo mineiro de fazer queijo pela Unesco reforça a importância da preservação do patrimônio cultural imaterial e consolida a gastronomia brasileira no cenário internacional. A partir de agora, o mundo terá ainda mais motivos para conhecer e apreciar a riqueza da culinária mineira e a expertise dos seus produtores.