Ministro encara fusão da Gol e da Azul como ‘federação partidária’ e diz que não vai permitir aumento de tarifa



Brasília, 16 jan. 2025 – O ministro da Infraestrutura, Márcio França, expressou forte preocupação com a possibilidade de fusão entre as companhias aéreas Gol e Azul, comparando o movimento a uma “federação partidária” e afirmando que não permitirá aumento de tarifas aéreas para os consumidores. A declaração foi feita nesta quarta-feira, em Brasília, após o ministro participar de uma reunião sobre o assunto.

França argumentou que uma união entre as duas maiores empresas do setor aéreo brasileiro resultaria em um monopólio virtual, comprometendo a concorrência e, consequentemente, impactando negativamente os preços das passagens. Ele destacou que o governo analisará com rigor o processo de fusão, utilizando todas as ferramentas legais disponíveis para garantir a proteção dos direitos dos passageiros.

O ministro mencionou a necessidade de avaliar o impacto da fusão na concorrência, e afirmou que o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica) terá um papel crucial na decisão final. França ressaltou a importância de manter a competitividade do setor, e que o governo não aceitará uma situação em que o consumidor seja prejudicado por um possível aumento de preços decorrente da união das empresas.

A declaração do ministro acontece em meio às especulações sobre a potencial fusão entre a Gol e a Azul, que ainda não foi formalmente anunciada pelas empresas. No entanto, a possibilidade já vem sendo debatida nos meios empresariais e gerando preocupações entre os reguladores e consumidores.

A posição firme do ministro da Infraestrutura indica que o processo de fusão, caso avance, enfrentará forte resistência do governo federal, que se compromete a atuar para evitar qualquer aumento abusivo nas tarifas aéreas e assegurar a manutenção de um mercado competitivo no setor. A avaliação do Cade e as próximas movimentações das empresas aéreas serão decisivas para o desenrolar da situação.

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