Ministério Público pede prisão de PM que executou homem negro pelas costas em frente a mercado em SP



São Paulo, 5 de dezembro de 2024 – O Ministério Público de São Paulo (MPSP) pediu a prisão preventiva do policial militar que executou um homem negro pelas costas em frente a um mercado na capital paulista. O crime, ocorrido em 2023, chocou a população e gerou indignação nacional. Imagens de câmeras de segurança registraram a ação brutal do policial, que disparou contra a vítima sem qualquer aparente necessidade.

O pedido de prisão preventiva, protocolado nesta quinta-feira, 5 de dezembro, se baseia nas investigações conduzidas pelo MPSP. De acordo com a promotoria, as provas colhidas demonstram a prática de homicídio doloso qualificado por motivo torpe e recurso que dificultou a defesa da vítima. O laudo pericial confirmou que o homem foi atingido pelas costas, descartando qualquer possibilidade de legítima defesa por parte do policial.

O nome do policial militar e do homem negro morto não foram divulgados na reportagem do G1. O MPSP argumenta que a prisão preventiva é necessária para garantir a ordem pública e evitar a repetição de crimes semelhantes. A promotoria destaca a gravidade do ato, a ausência de qualquer justificativa plausível para a ação do policial e o risco concreto de impunidade caso ele permaneça em liberdade.

Além do pedido de prisão, o Ministério Público também requereu a suspensão imediata do policial das suas funções na Polícia Militar. A investigação do caso continua em andamento, com a apuração de todos os fatos e circunstâncias que envolveram o crime. O MPSP se comprometeu a acompanhar de perto o processo judicial para garantir que a justiça seja feita e que os responsáveis sejam responsabilizados pelos seus atos.

A execução do homem negro em plena luz do dia, em um local público e filmada por câmeras de segurança, reacendeu o debate sobre violência policial e racismo estrutural no Brasil. A sociedade civil aguarda com expectativa o desfecho do processo e espera que a justiça seja aplicada com rigor, punindo exemplarmente o policial militar envolvido e enviando uma mensagem clara de que esse tipo de violência não será tolerado. A decisão sobre o pedido de prisão caberá ao Poder Judiciário.

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