Ministério Público denuncia policial por matar dois homens em cavalgada religiosa; vídeo mostra crime

Patos de Minas, MG – 14 de janeiro de 2025 – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou um policial militar pelo homicídio doloso de dois homens durante uma cavalhada religiosa em Patos de Minas, no último dia 12 de janeiro. Imagens de vídeo, que circularam nas redes sociais e foram usadas como prova, mostram o momento em que o policial dispara contra as vítimas, identificadas como Osmar Donizete de Oliveira, de 36 anos, e Vanderlei Alves Pereira, de 42 anos. O crime ocorreu durante as festividades da cavalgada, um evento tradicional da região.

De acordo com a denúncia, o policial militar, que não teve seu nome divulgado pela reportagem, teria efetuado os disparos após uma discussão. A motivação do crime ainda não foi completamente esclarecida pelas autoridades, embora o MPMG esteja investigando as circunstâncias que levaram ao confronto. O vídeo, que mostra a ação do policial, é uma peça fundamental na acusação. Ele foi anexado ao processo e detalha a sequência de eventos que culminaram na morte das duas vítimas.

A promotoria afirma que as provas colhidas, incluindo o vídeo e testemunhos, demonstram a intenção do policial de matar as vítimas, caracterizando assim o homicídio doloso. A denúncia foi oferecida à Justiça e aguarda julgamento. Caso seja condenado, o policial militar poderá enfrentar uma pena significativa de prisão.

A Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) informou que está colaborando com as investigações e que o policial militar envolvido no caso foi afastado de suas funções. A corporação também lamentou o ocorrido e reiterou seu compromisso com o respeito aos direitos humanos.

A cidade de Patos de Minas, abalada pelo ocorrido, se solidariza com as famílias das vítimas. A cavalgada, que antes era sinônimo de tradição e fé, agora é marcada por um episódio de violência que chocou a comunidade local. O caso serve como um alerta sobre a importância de se manter a calma em situações de conflito e a necessidade de se apurar com rigor qualquer ato de violência, independente do agente envolvido. A expectativa agora é pela resposta da Justiça e a punição justa para o crime cometido.