Militar de Rondônia foragido por tráfico de drogas continua recebendo salário da PM



Militar foragido por tráfico de drogas continua recebendo salário da PM de Rondônia

– Um caso que expõe falhas na gestão pública de Rondônia veio à tona: o terceiro-sargento da Polícia Militar, Alexsandro Pereira da Silva, foragido da Justiça desde 2022 por envolvimento em tráfico de drogas, continua recebendo seu salário integral da corporação. A denúncia foi revelada nesta quarta-feira e acendeu um alerta sobre a necessidade de mecanismos mais eficazes de controle interno e punição de servidores envolvidos em crimes.

A reportagem do G1 teve acesso a informações que comprovam o pagamento regular dos vencimentos do sargento, mesmo após sua fuga. A PM de Rondônia confirmou que Silva está foragido desde junho de 2022 e que um processo administrativo disciplinar (PAD) está em andamento para apurar sua conduta. Entretanto, a continuidade do recebimento de salários enquanto se encontra evadido da lei levanta sérias questões éticas e legais.

A investigação que levou à prisão de Silva em 2022 aponta seu envolvimento em uma organização criminosa dedicada ao tráfico de drogas. A operação, que contou com a participação de diversas forças policiais, resultou em diversas apreensões de entorpecentes e armas. Apesar da gravidade do crime e da situação de foragido, o militar, até o momento, não sofreu qualquer tipo de punição salarial.

A PM de Rondônia informou que, além do PAD, instaurou um inquérito policial militar (IPM) para apurar as circunstâncias da fuga e as responsabilidades envolvidas. A investigação busca determinar se houve omissão ou conivência por parte de outros militares na evasão de Silva. No entanto, a falta de medidas imediatas para suspender o pagamento do salário do sargento enquanto a investigação prossegue é motivo de preocupação.

A reportagem tentou contato com o advogado do terceiro-sargento, sem sucesso. A falta de transparência e a aparente lentidão dos processos administrativos geram dúvidas sobre a efetividade das medidas tomadas pela PM para lidar com esse tipo de situação. A demora na resolução do caso coloca em xeque a credibilidade da instituição e reforça a necessidade de uma revisão urgente nos mecanismos de fiscalização e punição de seus membros. A sociedade rondoniense espera por respostas rápidas e efetivas para garantir a justiça e o bom uso dos recursos públicos.

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