Meta cancela programas de inclusão e diversidade
Meta corta programas de inclusão e diversidade, afetando milhares de funcionários
– A Meta, empresa-mãe do Facebook e Instagram, anunciou nesta terça-feira o cancelamento de diversos programas de inclusão e diversidade, afetando milhares de funcionários em todo o mundo. A decisão, que faz parte de um corte mais amplo de gastos da empresa, gerou críticas de ativistas e especialistas em diversidade, que temem um retrocesso nos esforços para criar um ambiente de trabalho mais inclusivo.
Segundo informações divulgadas pela própria empresa, os programas afetados incluem iniciativas de recrutamento, treinamento e desenvolvimento voltados para grupos sub-representados, como mulheres, pessoas negras, LGBTQIA+ e pessoas com deficiência. A Meta não divulgou o número exato de funcionários impactados diretamente pela medida, mas o corte de 11 mil postos de trabalho anunciado em novembro de 2022, somado aos cortes recentes, indica um impacto significativo. A empresa justificou a decisão como necessária para enfrentar o atual cenário econômico desafiador e garantir a sustentabilidade do negócio. Embora a Meta não tenha divulgado percentuais específicos sobre a quantidade de programas cancelados, a magnitude da redução de gastos e a abrangência dos programas afetados sugerem um corte substancial nos investimentos em inclusão e diversidade.
A decisão da Meta contrasta com os esforços de outras grandes empresas de tecnologia para promover a diversidade e a inclusão em seus ambientes de trabalho. Em anos anteriores, a própria Meta havia divulgado metas ambiciosas de diversidade e relatado progressos em alguns indicadores. No entanto, a empresa enfrenta críticas contínuas sobre a falta de representatividade em cargos de liderança e a persistência de desigualdades salariais e de oportunidades.
Para analistas, a medida demonstra a complexa relação entre a pressão financeira e os compromissos sociais das grandes corporações. A priorização da redução de custos, em detrimento dos investimentos em inclusão e diversidade, levanta questionamentos sobre o real compromisso da Meta com a construção de um ambiente de trabalho equitativo e representativo. A decisão da empresa certamente terá repercussões e poderá servir de precedente para outras empresas, impactando o futuro dos esforços de promoção da diversidade e inclusão em todo o setor de tecnologia. A ausência de detalhes precisos por parte da Meta também gera preocupações quanto à transparência e à responsabilidade da empresa em relação às suas políticas de diversidade e inclusão.
A reação ao anúncio foi imediata, com diversos grupos de defesa da diversidade e inclusão expressando sua preocupação e condenando a decisão da Meta. Resta saber quais serão as consequências a longo prazo dessa medida para a empresa e para a busca por um ambiente de trabalho mais justo e inclusivo no setor tecnológico.