Mercado financeiro reduz para 4,63% expectativa de inflação para 2024
– A expectativa de inflação para 2024 recuou para 4,63%, segundo o Boletim Focus divulgado nesta quinta-feira (24) pelo Banco Central. Esta é a menor projeção para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do ano que vem desde o início de agosto. A redução, mesmo que sutil, indica um certo otimismo do mercado financeiro em relação à trajetória de preços no próximo ano, embora ainda se mantenha acima da meta central de inflação estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3%.
A pesquisa semanal do Banco Central, que coleta as projeções de cerca de 100 instituições financeiras, mostra uma tendência de queda na expectativa inflacionária para 2024 nas últimas semanas. A redução se deve a diversos fatores, embora o Boletim Focus não os detalhe especificamente. Entretanto, é possível especular que a queda dos preços de alguns produtos, a desaceleração do crescimento econômico e as medidas de política monetária implementadas pelo Banco Central contribuem para esse cenário.
Para este ano de 2023, a projeção para o IPCA permaneceu estável em 4,80%, mesmo índice da semana anterior. Essa previsão também está acima da meta de inflação para o ano, mostrando que a luta contra a inflação ainda exige atenção por parte das autoridades monetárias.
A expectativa do mercado para a taxa Selic, principal taxa de juros da economia brasileira, para o fim de 2023 manteve-se em 13,25%, o mesmo patamar da pesquisa anterior. A taxa Selic influencia diretamente o custo do crédito e, portanto, afeta a inflação. A manutenção desta projeção demonstra a cautela do mercado em relação à possibilidade de novos cortes na taxa de juros em curto prazo.
Em resumo, a redução da projeção de inflação para 2024, embora ainda acima da meta, sinaliza um certo alívio no mercado financeiro. A situação, porém, requer constante monitoramento, já que a meta central de 3% para o IPCA ainda precisa ser alcançada, e a inflação para 2023 continua acima do desejado. Os próximos Boletins Focus serão cruciais para avaliar a persistência desta tendência de queda e a reação do Banco Central frente à evolução dos indicadores econômicos.