Marinho defende acabar com a jornada 6×1, mas pede serenidade na discussão
Fim da jornada 6×1: Marinho defende mudança, mas pede cautela
– O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, declarou nesta terça-feira (21) ser favorável ao fim da jornada de trabalho 6×1, sistema que permite a realização de seis dias de trabalho seguidos por um de descanso. No entanto, o ministro fez um apelo por serenidade na discussão sobre a mudança, destacando a necessidade de um debate profundo e amplo com os diversos setores envolvidos.
Marinho argumenta que a jornada 6×1, adotada por cerca de dos trabalhadores brasileiros, pode ser prejudicial à saúde física e mental dos empregados. Ele ressalta que a prática, comum em setores como o industrial e o de serviços, contribui para o aumento do estresse, da fadiga e do risco de acidentes de trabalho.
“A jornada 6×1 é um tema complexo, e precisamos analisar todos os seus impactos antes de tomar qualquer decisão”, afirmou o ministro. “É fundamental que o debate seja feito de forma aberta e transparente, com a participação de trabalhadores, empresários e especialistas.”
O ministro destacou ainda a necessidade de se analisar o impacto econômico da mudança. “A jornada 6×1 é uma realidade em muitos setores da economia, e a sua extinção poderia ter consequências para a produtividade e para a competitividade das empresas”, ponderou.
Marinho afirmou que o governo está aberto a discutir alternativas à jornada 6×1, como a adoção de modelos de trabalho mais flexíveis, como o trabalho remoto e a jornada híbrida. Ele também defendeu a necessidade de investimentos em políticas públicas que promovam a saúde e a segurança do trabalhador, como a ampliação de programas de prevenção de acidentes de trabalho.
A declaração do ministro reacende o debate sobre a jornada de trabalho no Brasil. No ano passado, o então ministro do Trabalho, Onyx Lorenzoni, defendeu a flexibilização da jornada, incluindo a possibilidade de trabalho aos domingos e feriados. A proposta gerou polêmica e foi alvo de críticas de sindicatos e de especialistas em direito do trabalho.
A discussão sobre a jornada 6×1 promete ser acalorada nos próximos meses. A expectativa é que o governo federal apresente uma proposta de mudança na legislação trabalhista ainda neste ano.